O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, admitiu nesta quarta-feira pela primeira vez que deve deixar o Ministério do Esporte em dezembro para concorrer ao governo de São Paulo nas eleições do ano que vem. Seu partido, o PCdoB, já havia lançado a pré-candidatura do ministro na última semana.

"É uma possibilidade", disse o ministro sobre disputar o Palácio dos Bandeirantes. "A previsão inicial é que eu me desligue do Ministério do Esporte em dezembro. Meu objetivo é antes terminar de entregar os doze estádios da Copa do Mundo do ano que vem", afirmou Rebelo. Seis arenas já foram entregues e outras seis possuem prazo de conclusão até dezembro.

De acordo com o ministro, ao comentar a possível candidatura, nem sempre é possível fazer sua vontade pessoal, e algumas vezes o político é obrigado a deixar a própria vontade de lado para cumprir uma missão partidária. Questionado por jornalistas se não era inadequado ele deixar a pasta do Esporte poucos meses antes da Copa do Mundo, Rebelo respondeu que "vocês supervalorizam o meu papel nisso tudo".

Quando lançou o nome do ministro, o PCdoB também estabeleceu a meta de eleger como deputado federal Netinho de Paula, Protógenes Queiroz e Orlando Silva, todos por SP, além de ampliar a bancada estadual, que hoje conta com dois parlamentares na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Se levar adiante a candidatura, Aldo Rebelo deve ser o segundo ministro da presidente Dilma Rousseff a disputar o Palácio dos Bandeirantes. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é o nome mais cotado no PT para concorrer ao cargo até o momento. Além disso, Dilma pode vir a contar com mais dois palanques no Estado. Isso porque o PSD já manifestou o desejo de apoiar a reeleição da petista no plano nacional e se movimenta na sucessão estadual com o ex-prefeito Gilberto Kassab.