Maracanã S/A apresenta nova proposta para manter controle do estádio
Do UOL, no Rio de Janeiro
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Júlio César Guimarães/UOL
Proposta de ocupar espaço do outro lado de avenida foi rejeitada pelo governo
A concessionária Maracanã S/A apresentou nesta sexta-feira ao governo do Rio de Janeiro uma nova proposta para o projeto de privatização do estádio da final da Copa do Mundo de 2014. Após o governador Sergio Cabral cancelar a demolição de prédios anexos à arena e rejeitar a intenção da empresa de ocupar uma área próxima ao parque Quinta da Boa Vista, o consórcio liderado pela Odebrecht apontou uma nova alternativa para manter-se no controle do complexo esportivo.
Procurada, a empresa não revelou detalhes do seu projeto. Só ratificou que, mesmo após todas as mudanças na privatização do estádio, sua intenção é manter a concessão.
A proposta foi entregue nesta tarde na sede do governo, o Palácio Guanabara. A empresa, agora, espera uma posição de Cabral para saber se ficará mesmo à frente do estádio.
Cabral foi quem, pessoalmente, colocou o projeto da privatização do Maracanã em xeque. Dias após assinar o contrato de concessão com a Maracanã S/A, ele resolveu proibir a demolição do Parque Aquático Julio Delamare, do Estádio de Atletismo Célio de Barros e da Escola Municipal Friedenreich. Os equipamentos iriam ser demolidos para dar espaço a lojas, museu e estacionamentos.
Sem as demolições, a concessionária foi obrigada a pensar numa alternativa para o Maracanã. Decidiu propor ao governo a construção das lojas, do museu e dos estacionamentos perto do parque da Quinta da Boa Vista.
Acontece que o terreno no qual isso seria feito pertence ao município. A prefeitura não cedeu o espaço e o governo, então, rejeitou a proposta.
Não há prazo para que o governo se manifeste sobre a última alternativa apresentada pela concessionária. Enquanto uma resposta não é dada, ela segue controlando o Maracanã.