Edson Arantes do Nascimento, Pelé, sugeriu um plano para amenizar os rombos causados por obras superfaturadas em estádios da Copa do Mundo. Em entrevista ao programa Esporte Fantástico, da TV Record, o ex-jogador pede para que o país invista no turismo dos torcedores, cujo faturamento compensaria prejuízos relacionados à corrupção no Mundial.

Pelé acredita que não há mais tempo para rever gastos e valores extras aplicados para viabilização da Copa do Mundo.

"Faltam 10 meses para começar a Copa. Não vai dar tempo para ver o que foi gasto. Então vamos aproveitar para arrecadar com turismo e compensar o dinheiro que foi roubado dos estádios", disse Pelé.

O Ministério do Turismo projeta de 500 a 600 mil turistas especialmente para conferir o Mundial no Brasil.

O Maracanã é um exemplo. Inicialmente, a obra orçada para a reconstrução do estádio era de R$ 600 milhões. Mas o gasto já chega a R$ 1,23 bilhão.

Já o Mané Garrincha, em Brasília, saltou de R$ 696 milhões em 2010 para R$ 1,4 bilhão.

Todos os estádios construídos para a Copa no país foram construídos em grande parte com recurso público.

Obras para facilitação do torcedor às arenas também são alvos de análise. Em Belo Horizonte, por exemplo, a construção de corredor de ônibus, principal obra de mobilidade urbana na capital mineira prevista para a Copa de 2014, é suspeita de ter um superfaturamento de R$ 23 milhões.

Relatório da CGU (Controladoria Geral da União) mostra que o dinheiro pode ter sido desviado ao longo da execução.

Pelé pede mais carinho à seleção

O ex-camisa 10 também entende que seleção brasileira não pode ser alvo de protestos e  manifestações do povo. Para Pelé, os políticos deveriam ser cobrados.

"Não vamos misturara as coisas. A seleção não tem nada a ver com os políticos. Ao contrário, os jogadores elevam o nome do Brasil lá fora", disse.