Marin decreta luto e Dilma lamenta mortes de Gylmar e De Sordi

Do UOL, em São Paulo

25/08/201323h46

Alex Almeida/Folhapress

Gylmar dos Santos Neves morreu neste domingo; ex-goleiro estava internado em São Paulo

A presidente Dilma Rousseff se pronunciou na noite deste domingo sobre as mortes de Gylmar dos Santos Neves e Nilton De Sordi, campeões do mundo com a seleção brasileira. Os dois faleceram neste fim de semana, em São Paulo e no Paraná, respectivamente.

"O futebol brasileiro está de luto. Perdemos hoje dois campeões mundiais, o goleiro Gylmar dos Santos Neves e o lateral Nilton De Sordi. Gylmar e De Sordi foram decisivos na épica campanha de 1958, responsável por acabar de uma vez com o complexo de vira-lata que perseguia o nosso futebol. Gylmar foi ainda o titular da seleção bicampeã de 1962. Neste momento de dor, quero transmitir meus sentimentos a seus familiares e amigos", afirmou Dilma, em nota oficial.

Quem também se pronunciou foi José Maria Marin, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O dirigente decretou luto e, por isso, a seleção brasileira usará uma tarja preta na manga da camisa no amistoso contra a Austrália, no dia 7 de setembro, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

"Depois do De Sordi, agora o Gilmar, jogadores que fizeram que os torcedores brasileiros sentissem orgulho. Meus pêsames. em nome dos diretores e funcionários da CBF, à família deste que foi um dos maiores goleiros do Brasil de todos os tempos", declarou Marin.

"Além de um grande goleiro, foi um ídolo mundial, um exemplo de jogador e cidadão. A Seleção Brasileira. que ele tão bem representou, jogará de luto no dia 7 de setembro contra a Austrália", completou o dirigente.

Gylmar dos Santos Neves, bicampeão mundial pela seleção brasileira nas Copas de 1958 e 1962, estava internado no hospital Sírio Libanês, e não resistiu após sofrer um infarto. Na última quinta-feira, ele havia completado 83 anos.

Segundo Marcelo Izar, filho do ex-goleiro, Gylmar estava internado desde o começo da semana com infecção urinária. Como já estava debilitado devido a um AVC (acidente vascular cerebral) sofrido há 13 anos, a situação foi agravada por um quadro de desidratação. Por fim, ele sofreu um infarto que o deixou inconsciente e em estado considerado irreversível.