Dona da segunda melhor defesa das Eliminatórias Europeias, com apenas um gol concedido em seis partidas – apesar de uma chave em que Armênia, Islândia, Noruega, Eslovênia e Chipre são os adversários – a Suíça dificilmente deixará de adotar um comportamento mais cauteloso diante de uma seleção brasileira que marcou 19 gols em suas sete últimas apresentações. Para o atacante Fred, a expectativa de uma versão século 21 do "ferrolho suíço" promete interesse especial ao amistoso de quarta-feira, no estádio Jakob Park.

"(O recorde defensivo da Suíça) Não me intimida, mostra é que vai ser um jogo bom. Vamos ter bons duelos. Nosso ataque tentando gols de qualquer forma e eles se defendendo. Mas viemos confiantes de uma conquista e procurando evoluir nos amistosos'', disse o artilheiro da seleção brasileira na era Felipão, com nove gols em 10 partidas.

Depois de não se classificar para a Eurocopa de 2012, a Suíça está em situação confortável para marcar presença no Mundial do Brasil. Sob o comando do alemão Ottmar Hitzfeld, o time causou mais impacto nos últimos anos por conta de uma vitória sobre a Espanha na abertura da Copa do Mundo de 2010, em que se defendeu por boa parte do tempo – a Espanha, por exemplo, deu 37 chutes a gol.

Não se compara ao famoso sistema tático dos anos 30, mas desponta com um teste interessante para a seleção brasileira nos tempos pós-conquista da Copa das Confederações, em que a vitória sobre a Espanha resgatou um pouco do prestígio perdido pela equipe no exterior nos últimos anos. "Ao mesmo tempo, os adversários agora vão estar mais motivados para tentar ganhar da gente", opina Fred.

O atacante não acredita que o fato de a base europeia da seleção ainda não ter começado a temporada poderá afetar muito o rendimento. "Jogador até nas férias faz alguma coisa, não fica parado. Não vamos sentir este peso assim".