Consórcio Maracanã diz que errou e assegura entrega de obras no prazo

Do UOL, no Rio de Janeiro

O Complexo Maracanã Entretenimento SA divulgou uma nota nesta quinta-feira informando que o presidente da empresa, João Borba, cometeu um erro em entrevista coletiva concedida na quarta-feira. Borba disse que a concessionária responsável pela administração do Maracanã iria realizar as obras exigidas no processo de privatização do estádio em cinco anos, contrariando o contrato recém-assinado com o governo do Rio de Janeiro. Um dia depois, a assessoria de imprensa da companhia declarou que o executivo estava equivocado e que as obras serão realizadas em dois anos e meio, assim como o acordado com o governo.

Nesta quinta-feira, o UOL Esporte publicou uma reportagem com base nas informações divulgadas por Borba. Na quarta-feira, a reportagem havia procurado mais dados sobre o cronograma de obras anunciado por ele em entrevista coletiva, mas não foi atendida pelo Complexo Maracanã Entretenimento SA. Na quarta, ninguém da empresa havia contestado as declarações de seu presidente.

Só após a publicação da reportagem do UOL, a concessionária do Maracanã resolveu se pronunciar. Em nota, declarou que as chamadas obras incidentais começarão em setembro deste ano e terminarão em março de 2016.

Essas obras incidentais são, na verdade, modificações na área do complexo esportivo no Maracanã planejadas pelo governo estadual para adequar o espaço para a Copa do Mundo de 2014, Olimpíada de 2016 e ao novo modelo de negócios do estádio. Estão incluídas na lista de intervenções, a construção de estacionamentos, a demolição do Estádio de Atletismo Célio de Barros e do Parque Aquático Júlio Delamare, assim como a construção de novos equipamentos esportivos.

De acordo com o estudo de viabilidade econômica que baseou a privatização do Maracanã, todas as obras incidentais custariam R$ 594 milhões.

Confira a íntegra da nota do Complexo Maracanã Entretenimento AS:

"O Complexo Maracanã Entretenimento S.A. esclarece que informou equivocadamente que o prazo para obras incidentais na área de concessão é de cinco anos, quando na verdade é de 30 meses. O cronograma prevê que as intervenções serão iniciadas em setembro de 2013 e encerradas em março de 2016. O cronograma pode sofrer alguma alteração entre fim de maio de 2014 e fim de julho do mesmo ano (Copa do Mundo de 2014) e pouco antes dos Jogos Olímpicos de 2016, quando o estádio estará sob uso exclusivo da Fifa e do Comitê Olímpico Internacional, respectivamente. Como previsto em edital, o investimento do Maracanã S.A. nestas intervenções será de R$ 594 milhões. O consórcio reitera ainda que o estádio do Maracanã não sofrerá novas intervenções. As obras previstas serão realizadas no Complexo, em áreas adjacentes ao estádio Jornalista Mário Filho."

VEJA COMO DEVE FICAR O MARACANÃ APÓS A PRIVATIZAÇÃO

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