Neymar divide pressão, exalta torcida e cita patrocinador em metáfora

Paulo Passos

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • AFP/NELSON ALMEIDA

    Neymar vê Espanha como melhor, mas diz que Brasil tem que se impor em campo

    Neymar vê Espanha como melhor, mas diz que Brasil tem que se impor em campo

Dois dias antes da final, Neymar foi escalado para dar entrevista coletiva. Principal astro da seleção brasileira, camisa 10 e autor de três gols na Copa das Confederações, foi político ao falar dos rivais e futuros colegas no Barcelona, sorriu, mas também foi duro em algumas respostas. O atacante variou entre o script da primeira coletiva que deu antes da estreia na Copa das Confederações, quando economizou sorrisos e falou grosso, e um tom mais bem-humorado.

Já nas primeiras respostas, Neymar fez questão de exaltar o apoio que a seleção brasileira vem recebendo da torcida nas partidas da Copa das Confederações. "Até mesmo contra o Uruguai, quando não fomos tão bem. Espero que no domingo a gente jogue com esse décimo segundo jogador", elogiou.

O tom político foi adotado também quando falou sobre os novos colegas de clube, que serão rivais no domingo. Nove jogadores do Barcelona estão na seleção espanhola, sendo que seis foram titulares contra a Itália, na última quinta-feira.

"Vai ser um prazer enorme reencontrando futuros companheiros de clube. Admiro Iniesta, Xavi, Pedro. É uma honra muito grande. Desejei toda sorte", contou. "Até essa partida", completou rindo.

Em outros momentos da conversa com os jornalistas, porém, Neymar fechou a cara. Ao ser perguntado se sentiria uma pressão maior na final, por ter, segundo o repórter, maior responsabilidade no time, retrucou.

"A pressão que você quer jogar vai bater aqui e vai voltar. Eu não trabalhei sozinho aqui. Isso aqui é um grupo. Temos grandes jogadores. Como dizemos no futebol, aqui tem macaco velho. Já passei por muitas coisas, muitas dificuldades e muitas alegrias. Tenho certeza que domingo vamos fazer grande partida e sairemos felizes", respondeu.

Quando foi questionado se a boa atuação dos italianos na derrota para a Espanha dava um ânimo a mais para o Brasil, se saiu com uma metáfora.

"Independente da força do oponente eu tenho que vender o meu Fusca caro. Tem que correr, se doar o jogo inteiro. Foi o que a Itália fez. Vendeu o Fusca dela caro. Mesma vontade, mesma ousadia", disse citando o carro da Volkswagen. A empresa é uma das 14 que patrocinam o jogador do Barcelona.

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