A perda de Balotelli não representou apenas uma baixa técnica na Itália para a Copa das Confederações. O corte de seu principal jogador por conta de uma lesão muscular fez com que a delegação italiana perdesse também boa parte do assédio que vinha recebendo durante a passagem pelo Brasil.

Em Fortaleza, palco da semifinal contra a Espanha na próxima quinta-feira, foi possível perceber a redução de maneira mais clara. Se antes torcedores e fãs faziam plantão na porta da concentração italiana, a realidade na manhã desta terça-feira - a primeira sem a estrela - foi bem diferente. Com um assédio praticamente nulo, os jogadores deixaram a concentração e entraram no ônibus rumo ao treino sem qualquer incômodo, em clima de total tranquilidade. 

A única exceção foi o goleiro Buffon. Capitão e ídolo da seleção italiana, ele foi parado rapidamente pelo pequeno Lucas, de 7 anos, que está hospedado no mesmo hotel, para tirar uma foto. O restante dos jogadores passou praticamente despercebido.

A cena é uma novidade. Em outras cidades que a Itália esteve durante a Copa das Confederações, como Rio de Janeiro, Recife e Salvador, era quase impossível ver um saguão de hotel vazio e uma saída para treino sem pedidos desesperados por fotos e autógrafos.

Sem Balotelli, além de ter que se acostumar com o assédio reduzido, a Itália precisará encontrar uma maneira de frear a Espanha na próxima quinta. E o técnico Cesare Prandelli já iniciou os trabalhos de preparação da sua equipe para a semifinal.

Nesta terça, os italianos treinam em dois períodos. Durante a manhã, na atividade fechada para a imprensa no estádio Presidente Vargas, a tendência é que o Prandelli teste suas alternativas táticas. Na parte da tarde, no mesmo local, o treinador deverá comandar um treino técnico de fundamentos e finalizações, sem dar qualquer pista do time que entrará em campo na quinta.