Scolari mantém pés-no-chão e diz que parabéns, por ora, só para a torcida
Daniel Tozzi e Paulo Passos
Do UOL, em Belo Horizonte
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REUTERS/Paulo Whitaker
Felipão aplaude torcida e faz convocação para pressão total contra o Uruguai
O time vai bem, obrigado, mas ainda tem o que melhorar nesta Copa das Confederações. Já a torcida, essa sim está com uma mão na taça pelo seu entusiamo e apoio. Essa é a avaliação do técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, sobre a condição dos jogadores e do ambiente vivido na competição para a semifinal contra o Uruguai, nesta quarta-feira, em Belo Horizonte. O jogo, que começa às 16h, terá acompanhamento pelo Placar UOL Esporte.
"Eles (torcedores) têm correspondido mais do que merecêssemos ou precisássemos", admite Felipão. "Estão fazendo com que nossos jogadores entrem em campo com espírito diferente. A vibração é outra. E amanhã é dia novamente de fazer com que os adversários sintam que estamos com 70, 80, 90 mil pessoas. Que o Uruguai sinta essa pressão", completou.
Com a convocação para os torcedores mineiros repetirem o apoio concedido em Brasília, Fortaleza e Salvador, sedes nas quais o Brasil venceu seus três primeiros jogos, Felipão ainda vê o time correndo atrás para fazer jus ao carinho recebido. Ressalta a evolução desde fevereiro, quando fez sua reestreia na seleção contra a Inglaterra, e diz que a experiência do grupo, mesmo ainda jovem, tem feito com que a evolução ocorra de mais maneira mais rápida.
"O que ainda precisamos acrescentar é que, em alguns momentos, quando ainda estamos ganhando o jogo, precisamos segurar um pouco a equipe, compactar um pouco", explicou Felipão. No último jogo na primeira fase, contra a Itália, a seleção chegou a sofrer o empate e, depois de abrir vantagem, permitir que os adversários ficassem apenas com um gol em desvantagem.
Como esperado, Felipão diz que não há pensamento sobre o que fazer ou mudar em caso de derrota. "Toda derrota tem algum impacto, faz a gente rever algo. Mas às vezes a vitória mascara, enquanto a derrota pode ter dar algum caminho", afirmou. Ainda assim, ele já vê a campanha realizada no evento teste do Mundial não como chance de reabilitar o prestígio da seleção, que na visão dele permanece inabalado, mas sim de mostrar aos principais rivais o quão forte pode ser a atual geração.
"Os treinadores das equipes que aqui vieram sempre nos respeitaram como uma grande seleção", avaliou Felipão. "A dúvida era se tínhamos uma seleção forte realmente, e eles estão vendo que estamos num bom caminho. Já somos iguais a quatro ou cinco [favoritos] aí no mundo", completou.