Marin diz que caso de terreno apropriado em SP está com seu advogado
Luiz Paulo Montes e Ricardo PerroneDo UOL, em Belo Horizonte
Pouco depois de chegar ao hotel da seleção brasileira em Belo Horizonte, José Maria Marin, presidente do COL e da CBF, se recusou a falar sobre ter se apropriado de um terreno público, em São Paulo, ao lado de uma propriedade sua, como revelou o UOL Esporte.
"Isso está com o advogado, vai ser discutido no foro competente", se limitou a dizer o dirigente. O terreno fica no bairro Jardim América . Uma obra sob a responsabilidade legal do dirigente derrubou uma árvore no local e construiu uma cerca baixa, unindo o espaço público à propriedade dele. A área pública vale aproximadamente R$ 2,8 milhões.
Ao ser indagado pelo UOL Esporte sobre se tinha conhecimento de que se tratava de uma área pública, o dirigente repetiu que o caso está com seu advogado. Neste instante, Alexandre da Silveira, secretário do presidente do COL e da CBF, fez um gesto com a cabeça na direção da reportagem. Em seguida, dois seguranças usaram de truculência para afastar um dos dois repórteres que tentavam entrevistá-lo. Primeiro, um guarda-costas deu um empurrão com o cotovelo na altura da barriga. Depois, colocou as mãos no peito do repórter para afastá-lo.
Após a reportagem se preparar para filmar a cena, eles se afastaram e dois seguranças, aparentemente do hotel, se aproximaram, ameaçando expulsar um dos repórteres do local. Nisso, um outro segurança pediu à reportagem que se afastasse e desse 'privacidade' a Marin.
A situação se acalmou, e o presidente respondeu sobre os protestos espalhados pelo país. "Se for pacífico não vejo problema". A respeito da segurança encontrada até aqui em Belo Horizonte, o dirigente disse: "Está tranquila, está tranquila". O carro que levou Marin do aeroporto de Confins ao hotel foi escoltado por alguns carros da Polícia Federal.