Jogo em Fortaleza opõe sisudez de Del Bosque a espalhafatoso técnico nigeriano

Bruno Freitas

Do UOL, em Fortaleza

  • Bruno Freitas/UOL

    Vicente del Bosque economiza sorriso ao tirar foto com fã após treino em Fortaleza

    Vicente del Bosque economiza sorriso ao tirar foto com fã após treino em Fortaleza

Poucas partidas na Copa das Confederações até o momento confrontaram dois técnicos de estilos pessoais tão opostos. No banco da Espanha no estádio Castelão, neste domingo, estará a conhecida discrição sisuda de Vicente Del Bosque.  Do lado contrário, toda a personalidade folclórica de Stephen Keshi, um homem que provoca gargalhadas em entrevista e brinca com o protocolo da Fifa.

Keshi concedeu entrevista coletiva espalhafatosa no Castelão, na véspera do jogo com os espanhóis. O treinador nigeriano ousou definir o choque com os melhores do mundo com o chavão de um simples "11 contra 11", gargalhou durante comentários e mais de uma vez se negou a responder os jornalistas com o mesmo argumento.

"Você não é um integrante do meu time, não está no meu vestiário. Não posso responder", disparou Keshi, em meia à gargalhada.

Em seguida, o treinador da Nigéria colocou o boné para trás, como um bom marrento do futebol brasileiro. Em questão sobre a estrutura da Copa das Confederações, se virou para um representante da Fifa e disparou: "essa pergunta é para ele, não para mim".

Del Bosque, por sua vez, tem sido assediado com intensidade nas andanças da Espanha pelo Brasil, junto com as estrelas do time. O treinador campeão do mundo se mostra desconcertado com os pedidos de fotos, principalmente quando eles partem de mulheres. O veterano até ensaia dizer não, mas no fim nunca rejeita.

"Eu não sou jogador", disse o treinador espanhol na última sexta-feira, em uma longa sessão de fotos com admiradores brasileiros, após o treino na Universidade de Fortaleza. Com alguma insistência, Del Bosque até deixava escapar um esboço de sorriso.

NIGERIANO TEVE DEMISSÃO NEGADA PELO GOVERNO

Ao contrário de Vicente del Bosque, que deixará o comando da seleção espanhola após o Mundial do próximo ano, Stephen Keshi não teve o direito de escolher o momento de abandonar a equipe nacional.

Após o título africano no começo do ano, o treinador anunciou a demissão do cargo, abdicando do direito de vir ao Brasil. Mas, poucas horas depois, sofreu pressão do ministro dos Esportes do país, Mallam Bolaji Abdullahi, e reviu sua decisão.

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