Vaiada em dois jogos, Espanha se esforça para esfriar antagonismo com o Brasil

Bruno Freitas

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA

    Melhor do jogo com o Taiti, Fernando Torres diz ver as vaias no Brasil com naturalidade

    Melhor do jogo com o Taiti, Fernando Torres diz ver as vaias no Brasil com naturalidade

A Espanha aprendeu em questão de alguns dias o que significa jogar um torneio no Brasil com o rótulo de favorita. Os campeões mundiais foram vaiados pela torcida local durante as duas vitórias na Copa das Confederações, mas, mesmo assim, os jogadores têm se esforçado em declarações de moderação. Tudo para não incitar um antagonismo que parece sem volta em relação à seleção da casa.

Depois da goleada por 10 a 0 sobre o Taiti na última quinta-feira, no Rio, alguns espanhóis voltaram a externar o desejo de retornar ao Maracanã para uma final diante dos anfitriões. Paralelamente, os homens da Fúria evitam criticar o tratamento recebido dos torcedores.

"É normal. Se a competição fosse disputada na Espanha, o Brasil também seria vaiado", declarou Fernando Torres, autor de quatro gols contra os taitianos.

"Havia um pouco de vaia. O público é brasileiro, está com o Brasil, e imagino que quanto pior as coisas estão para a Espanha melhor para eles. Mas temos que estar um pouco alheios a isso", acrescentou o meia Juan Mata.

Na estreia na Copa das Confederações, no domingo, os espanhóis conseguiram dobrar as vaias do público da Arena Pernambuco na vitória por 2 a 1 sobre o Uruguai. Pelo menos no primeiro tempo, com uma atuação brilhante. Na etapa final o time caiu e voltou a ouvir o barulho das tribunas.

No Maracanã, a maioria esmagadora dos 70 mil torcedores se esforçou para apoiar o Taiti. A seleção de Torres e companhia foi vaiada do começo ao fim e talvez tenha entendido um grito popular entoado no desfecho do jogo: "Espanha, pode esperar, a sua hora vai chegar".

Mesmo assim, o técnico Vicente del Bosque afirmou que reconhecer as vaias direcionadas a seu time: "Estou seguro que não eram vaias para a gente. Parecia que era uma coisa sem conexão com o campo. Eles demonstraram muito carinho conosco contra o Uruguai e tem mostrado no dia a dia".

O antagonismo dos campeões do mundo com o Brasil parece já criado, ganhando chancela através de declarações como as proferidas por Carlos Alberto Parreira. O coordenador técnico da seleção afirmou na última quinta-feira que "está doido para ver" uma final com a Espanha.

Depois de duas vitórias, a seleção da Espanha volta a campo no domingo para enfrentar a Nigéria, em compromisso em que terá a missão de confirmar a primeira colocação do grupo B.

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