Governo libera R$ 1,7 mi para pagar infraestrutura nos centros de mídia da Fifa
Aiuri Rebello
Do UOL, em Brasília
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Pedro Ivo Almeida/UOL
Funcionário de operadora de telefonia testa conexão de internet na tribuna de imprensa do Maracanã (01.jun.2013)
O governo federal liberou mais R$ 1,7 milhão de investimento nas estruturas temporárias dos estádios da Copa das Confederações. Desta vez, a verba é para ajudar a pagar a conta de instalação de internet e telefone nos centros de mídia da Fifa, que irão funcionar junto aos estádios que recebem as partidas. Na semana passada, o UOL Esporte noticiou que após um empurra-empurra entre Fifa, governo federal e cidades-sede, o Ministério das Comunicações havia assumido parte da conta das transmissões de TV do Mundial, no valor de R$ 31 milhões.
A Telebrás (empresa de capita misto vinculada à pasta das Comunicações) foi contratada pelo governo para instalar a infraestrutura de cabeamento e transmissão de dados sem fio necessária para interligar os centros de mídia nas redes de telefonia e banda larga existentes nas cidades-sede. Os provedores destes serviços são contratados pela Fifa e pelo COL (Comitê Organizador Local). Segundo o Ministério das Comunicações, quem paga a conta do uso em si de internet e telefone são as duas entidades. A infraestrutura dos centros de mídia será utilizada tanto pelos jornalistas credenciados para cobrir o evento quanto os "clientes de mídia" da Fifa.
Assim como no caso das transmissões de TV, apesar de aceitar pagar mais essa parte da fatura, a pasta das Comunicações diz que não havia esta obrigação especificada no Caderno de Encargos (documento com as garantias do governo brasileiro em atender diversas exigências da Fifa para realizar a Copa do Mundo de 2014 no Brasil). "O texto da Garantia nº 11 estabelece as linhas gerais dos compromissos assumidos e não adentra nos detalhes de requisitos técnicos dos serviços mencionados, de limites das responsabilidades e obrigações de cada envolvido na preparação da infraestrutura e de distribuição dos encargos financeiros necessários aos eventos", afirma o Ministério das Comunicações em nota de sua assessoria de imprensa.
"Finalmente, após longo período de debates e negociações, os pontos de controvérsia sobre a Garantia nº 11 entre o Ministério das Comunicações e a Fifa foram pacificados", diz a nota ao explicar como assumiu estes custos operacionais. O ministério afirma que a verba diz respeito a serviços apenas onde os provedores contratados não tenham estrutura instalada.
O investimento nos centros de mídia já era previsto desde o começo, dentro das estruturas temporárias exigidas pela Fifa nos estádios e seus arredores para a realização dos mundiais de futebol. Estas estruturas eram responsabilidade das cidades-sede, mas elas ficaram assustadas com o tamanho dessa conta quando o orçamento com as exigências da Fifa contempladas chegou, em outubro do ano passado. Os custos geram de R$ 20 milhões a R$ 40 milhões por cidade-sede da Copa de 2014 e podem dobrar nas seis que recebem a Copa das Confederações na semana que vem. Inicialmente o governo federal disse que não ajudaria com estas despesas, mas aos poucos têm assumido parte dos custos.