Ex-craques atleticanos defendem time como base da convocação de Felipão
Bernardo Lacerda
Do UOL, em Belo Horizonte
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MARCUS DESIMONI / UOL
Diego Tardelli, Bernard, Ronaldinho e Réver são alguns dos 'selecionáveis' do Atlético-MG
Assim como acontecia à época em que atuavam, quando a seleção brasileira era formada com base em grandes equipes do Brasil, ex-jogadores do Atlético-MG das décadas de 70 e 80 esperam que a convocação do técnico Felipão, para a Copa das Confederações, nesta terça-feira, leve em conta o momento vivido pelo alvinegro mineiro, que, segundo eles, pode ser base da equipe canarinha.
A seleção brasileira das décadas de 60 e 70, e também no começo dos anos 80, era formada por atletas que jogavam juntos em um mesmo time, no Brasil. O Santos é um dos exemplos. O próprio Pelé, principal estrela daquela equipe, recentemente, defendeu o Corinthians como base da seleção brasileira para a Copa das Confederações.
Ex-jogadores do Atlético-MG concordam com Pelé, mas divergem do time que seria a base da seleção brasileira e elegem o alvinegro mineiro como a referência para a Competição que será em junho. "Não tenho dúvida, Marcos Rocha, Réver, Pierre, Ronaldinho Gaúcho, Bernard, Diego Tardelli e Jô, todos eles merecem ser convocados para a seleção. Não tem ninguém no Brasil jogando mais do que eles", disse Dario, o Dadá Maravilha, que foi campeão brasileiro pelo Atlético em 1971.
O ex-atacante, que foi tricampeão mundial da Copa do México, lembra a importância de uma cara para a seleção. "Na minha época era assim, o time que jogava bonito, vencia, tinha mais jogadores convocados para a seleção. Isso é natural. O Atlético merece ter pelo menos cinco jogadores chamados pelo Felipão. O time vem jogando grande futebol", observou Dadá Maravilha.
O ex-atacante Reinaldo defende convocações por momento dos atletas. "Seleção é momento, quem está bem no momento tem de ir. Então, se é momento, o Atlético tem de formar a base da seleção. Diria até, que o Cuca merecia ser o treinador. O ataque do Atlético é o melhor da América do sul e merece ser chamado e ser titular", afirmou o ex-craque atleticano, até hoje carinhosamente chamado pelos atleticanos de "Rei".
O técnico Cuca disse, na última sexta-feira, não concordar com uma equipe titular do Brasil formada basicamente com jogadores do Atlético. Porém, o treinador atleticano aprovou a ideia de chamar setores de um mesmo time. Para o treinador, o ataque alvinegro poderia ser lembrado. "Acho que um ou outro jogador, um setor, pode ser convocado do mesmo time", afirmou.
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Um dos principais jornais do mundo, The New York Times ressaltou a atuação de Ronaldinho Gaúcho e do Atlético-MG na vitória sobre o Cruzeiro pelo Campeonato Mineiro. "Mais uma vez Ronaldinho mostrou viver grande fase pelo Atlético, que segue vencendo", destacou o texto, produzido pela Agência de Notícias Reuters. O alvinegro mineiro venceu por 3 a 0 o arquirrival Cruzeiro, no Estádio Independência, no jogo de ida da decisão do Estadual e poderá até perder por dois gols de diferença, no próximo domingo, no Mineirão, que garantirá o bicampeonato.
Reinaldo defende a seleção formada com jogadores de Atlético e Corinthians e alguns destaques da Europa. "Você pode formar uma seleção com um zagueiro do Atlético, outro da Europa, laterais de lá e o meio e ataque com corintianos e atleticanos. Seria uma seleção mais entrosada, já que não se tem tempo para treinar. As outras seleções estão melhores por estarem mais entrosadas, pois jogam juntos no mesmo país. Porque no Brasil não se pode fazer isso?", indagou.
Na minha época era assim, o time que jogava bonito, vencia, tinha mais jogadores convocados para a seleção. Isso é natural. O Atlético merece ter pelo menos cinco jogadores chamados pelo Felipão. O time vem jogando grande futebol
Apesar do momento vivido pelo Atlético e da defesa dos ex-jogadores, dois nomes parecem certos para a convocação de Felipão, nesta terça-feira. Réver e Ronaldinho Gaúcho são os mais prováveis serem os representantes de Minas Gerais. Mas, Marcos Rocha, Bernard, Diego Tardelli e Jô não escondem que vivem a expectativa de serem lembrados, os três últimos, pela primeira vez com o atual treinador da seleção nacional.
"Vou ficar esperando a lista, o Felipão já disse que pensou em meu nome antes da lesão, então quem sabe não tenha a chance agora. Estou com expectativa grande, sim, respeitando os demais companheiros. Me sinto preparado para jogar na seleção", confirmou Bernard, que tinha chances de ser convocado para o amistoso contra o Chile, mas por ter sofrido lesão no ombro esquerdo, não foi chamado pelo treinador. "A gente aguarda, vê se o nome está lá, mas estou tranquilo", afirmou o lateral direito Marcos Rocha, que atuou poucos minutos no empate com a seleção chilena, em 2 a 2.
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