O presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, voltou a criticar as administrações dos estádios para a Copa do Mundo de 2014, em especial o Mineirão e o Maracanã. O dirigente alvinegro disse que os clubes estão sendo explorados pelas concessionárias.

"Tenho 54 mil ingressos no Mineirão. O preço de mercado do Mineirão vai render, bem tocado, com 60% da acomodação, a brincadeira Mineirão deixa de entrar para os clubes R$ 100 milhões", disse Alexandre Kalil em participação ao programa Bola na Vez da ESPN Brasil.

Kalil afirmou que, assim como ocorre no Mineirão, Fluminense e Flamengo serão explorados no Maracanã. "Estão assistindo quem vai explorar o Flamengo e Fluminense no Maracanã. Não é quem vai ser dono, é quem vai explorar os times", destacou.

"Estão preocupados quem vai explorar o Fluminense e Flamengo no Maracanã, como querem explorar Atlético e Cruzeiro no Mineirão. O Cruzeiro fechou contrato explorando um bar e dois camarotes, sendo que tem mais de 95 camarotes e oito restaurantes à disposição. Sem contar que tem que pagar 70% dos gastos", acrescentou Alexandre Kalil.

O dirigente atleticano volta a criticar o contrato proposto pela Minas Arena, consórcio que administra o Mineirão, para que o clube mande seus jogos no estádio. "O Atlético tem a bilheteria toda dele e 50% tudo comercialmente feita no Independência é do Atlético. Pegaram o Mineirão e entregaram, PPP (parceria público-privado), o público é o governo e o privado somos os clubes. Estão nos explorando, nós quem vamos pagar", disse o mandatário do Atlético, que selou contrato no ano passado com a BWA para explorar comercialmente o estádio Independência.

Estádio próprio

Apesar de satisfeito com o Independência, Kalil vê a construção de um estádio próprio como a saída para os clubes do Brasil. "O Atlético está muito bem servido no Independência. Isso está provado e tenho certeza que o próximo presidente poderá construir o estádio próprio para o Atlético, que é um dos poucos clubes que têm torcida para construir estádio", afirmou.

"O próximo presidente tem a obrigação de não enterrar o Atlético no Mineirão. Eu provo para qualquer um que é a entrega do futebol brasileiro para a iniciativa privada, o futebol vai acabar. O próximo presidente vai pegar o Atlético jogando no Independência e, se Deus quiser, vai ter a oportunidade de fazer o estádio próprio e isso pode acontecer, já tem estudo, projeto para isso", acrescentou Alexandre Kalil.