Multada pelo governo de Minas Gerais em R$ 1 milhão por causa dos transtornos ocorridos na partida de reabertura do Mineirão entre Cruzeiro e Atlético-MG, em 3 de fevereiro, a empresa Minas Arena, que administra o estádio da Pampulha, pagou a primeira parcela da dívida, no valor equivalente a R$ 200 mil.

Punida pelas autoridades um dia depois do clássico, o consórcio entrou com recurso administrativo após ser punido, porém não obteve êxito e a multa foi mantida. Porém, o governo mineiro concordou em dividir o valor em cinco parcelas.

A informação foi revelada pelo secretário extraordinário da Copa do Mundo em Minas, Tiago Lacerda, em audiência pública realizada na terça-feira, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para debater a parceira público-privada do Mineirão, reformado para a Copa do Mundo de 2014, e os problemas na reabertura do estádio. No clássico em que o Cruzeiro derrotou o Atlético, por 2 a 1, pelo Campeonato Mineiro, teve público pagante de 52.980 pessoas.

No dia do clássico, foram relatados diversos problemas, como a falta de água no estádio, tanto em bebedouros quanto em banheiros. O fato alarmante é que torcedores chegaram a pegar gelo para matar a sede. Boa parte dos bares não funcionou e muitos presentes ficaram sem alimentar dentro do estádio.

O acesso ao Mineirão foi confuso e os portões demoraram a ser abertos pela empresa. Longas filas de carro se formaram no entorno do estádio. No interior do Mineirão, também não foi diferente. Houve falta de informação sobre local de assento.

Os banheiros do estádio também estavam sujos. Por causa disso, o governo puniu a empresa, que recorreu da medida. Nos jogos seguintes, torcedores ainda encontraram problemas na venda de ingressos e reclamaram da forma como é servido o tropeiro, prato tradicional do estádio.

Estacionamento

Na audiência pública, o diretor da Minas Arena, Ricardo Barra, disse que a empresa também busca uma forma de viabilizar o aumento do número de vagas no Mineirão. Atualmente, o estádio possui cerca de três mil lugares para veículos. O consórcio negocia com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) o uso do espaço da instituição, que fica próximo ao estádio, em dias de jogos.