Seleção que enfrentará Bolívia em abril terá "catadão" e falta de treinos

Fernando Duarte e Paulo Passos

Do UOL, em Genebra (SUI)

  • Júlio César Guimarães/UOL

    Presidente da CBF, José Maria Marin, discursa ao lado de Luiz Felipe Scolari

    Presidente da CBF, José Maria Marin, discursa ao lado de Luiz Felipe Scolari

Ideia do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, após a morte do jovem Kevin Espada, no jogo do Corinthians em Oruro, o amistoso contra a Bolívia, no próximo dia 6 de abril terá pouco serventia para o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari. O técnico admitiu que não chamará os principais jogadores dos clubes brasileiros, que estarão disputando jogos pelos seus clubes. Ele já não poderá contar com atletas que atuam na Europa, pois a partida não será em data Fifa.

"Vou levar um de um clube, um do outro. Vamos fazer uma composição. Não é que a gente tenha todos à disposição. Alguns vão jogar Libertadores, outros vão jogar campeonatos. Tem  uma ou outra surpresa. Vocês podem até ficar surpresos", afirmou o treinador aos jornalistas em Genebra, onde o Brasil enfrenta a Itália, nesta quinta-feira.

Felipão já entrou em contato com alguns técnicos de clubes brasileiros para falar sobre a convocação.

"Quero dizer a vocês que conversamos muito com os técnicos, que tem sido maravilhosos conosco. Tem sido espetaculares no sentido de ajuda", disse Scolari.

O Brasil deverá viajar um dia antes do jogo para a Bolívia. O time não fará nenhum treinamentos antes da partida. O retorno ao Brasil acontecerá logo após o final do jogo.

O amistoso foi confirmado no fim de fevereiro por meio de um comunicado emitido pela FBF (Federação Boliviana de Futebol). O presidente da CBF, José Maria Marin, lamentou a morte do torcedor. "Marin expressou pesar pela morte do jovem Kevin Beltran", disse a FBF.

Kevin Espada morreu após ser atingido por um sinalizador disparado da torcida do Corinthians na partida entre San Jose e Corinthians, em Oruro, pela Copa Libertadores. Após a tragédia, um menor de 17 anos se entregou à polícia e afirmou ser o autor do disparo.

Doze torcedores do Corinthians estão presos na Bolívia acusados de serem os autores do disparo.

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