Júlio César repete Taffarel e tenta virar absoluto na seleção após rebaixar "status"

Fernanado Duarte e Paulo Passos

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

  • Mowa Press

    Goleiro trocou Internazionale pela modesto QPR e voltou à seleção

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Titular no amistoso desta quarta-feira contra a Inglaterra, o primeiro de Luiz Felipe Scolari em seu retorno à seleção, o goleiro Júlio César tenta repetir uma história na seleção. Assim como Taffarel na década de 90, o goleiro teve que rebaixar seu status de clube na Europa para voltar a jogar pelo Brasil.

Um ano antes da Copa de 1994, na qual se consagrou pela seleção, o ex-goleiro trocou o então novo-rico Parma pelo modesto Reggiana.

"Havia limite para estrangeiros e o Parma tinha quatro no time. Nem no banco estava ficando. Treinava na linha e notei que estava perdendo ritmo. Resolvi trocar, mesmo para um time menor ",  lembra Taffarel em entrevista ao UOL Esporte.

Sem ritmo, o goleiro chegou a perder a posição de titular também na seleção brasileira e virou reserva de Zetti na Copa América de 1993. No Reggiana, o goleiro voltou a jogar e recuperou a camisa 1 do Brasil mesmo com um início ruim nas eliminatórias para o Mundial.

O próprio Taffarel vê semelhanças na sua história com a de Júlio César.  "No Queens Park Rangers ele é testado a todo momento. Era como eu na Itália. Em time fraco, você trabalha muito. Pode até levar gol, mas seu trabalho aparece", analisa.

Júlio concorda com a tese, mas ressalta. "Mas tem que trabalhar bem, se não tomar muitos gols e fica ruim, né?". "O fato de ter escolhido a Inglaterrra foi também pela visibilidade da Premier League. Eu não queria me esconder", explica o goleiro.

O Queens Park Rangers está na última posição do Campeonato Inglês, levou 37 gols em 25 jogos e tem apenas duas vitórias no torneio. Números que parecem não importar para Felipão. Se o goleiro for bem nos testes da seleção, será, com certeza, o titular do Brasil na Copa de 2014.


 

NA ITÁLIA, EX-GOLEIRO CHEGOU A JOGAR EM TIME DE PADRES

  • Em 1993, quando Taffarel se aventurou no futebol europeu ainda havia um limite de apenas 3 jogadores estrangeiros em cada equipe. A restrição o levou a não ficar nem no banco de reservas do Parma. Sem ritmo de jogo, Ele jogou até num time de padres. "Teve isso, sim. Conhecia um pessoal da paróquia que me chamou e fui mesmo. Precisava jogar", recorda o hoje treinador de goleiros do Galatasaray, da Turquia.

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