Ex-homem forte da Copa perde eleição em SP, mas diz que segue na política

Paulo Passos

Do UOL, em São Paulo

  • Flávio Florido/UOL

    O ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, diz que seguirá na política

    O ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, diz que seguirá na política

Ex-ministro do Esporte, Orlando Silva não conseguiu se eleger vereador pelo PC do B em São Paulo. Dois dias após a derrota, o candidato organizou no centro da capital paulista um ato em apoio a Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura de São Paulo. Ao UOL Esporte, Silva diz que pretende seguir na política e que será um dos cabos eleitorais do candidato petista. Os comunistas indicaram Nádia Campeão como vice da chapa.

"Não cumprimos o objetivo. Eu imaginava que seria difícil. Achávamos que conseguiríamos no PC do B dois vereadores, mas ficamos com um (Netinho de Paula). Mas seguirei na política", afirmou o ex-ministro.

Orlando Silva deixou o Planalto em 2011, após ser citado em uma reportagem da revista "Veja" como beneficiário de um esquema de desvio de recursos do Programa Segundo Tempo, que financia projetos de organizações não governamentais para estimular a prática de esportes entre jovens. Na reportagem, o ex-policial militar João Dias Ferreira disse que entregava dinheiro do esquema ao ministro dentro do estacionamento do Ministério. O então ministro negou a acusação.

Em junho deste ano, a Comissão de Ética da Presidência da República arquivou o processo contra Silva, por suposto envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos. O ex-homem forte da Copa do Mundo não acredita que o caso atrapalhou a sua votação, que foi de pouco mais de 19 mil eleitores.

"Isso foi indiferente. Saí de maneira polêmica do ministério. Tem gente que acha que eu era processado. Não fui e o caso foi arquivado na Comissão de Ética da Presidência da República. Eu mesmo citava a história, mas o caso foi irrelevante", diz Silva.

O político afirma que não tem mais influência no ministério do Esporte, que segue com o PC do B, agora com Aldo Rebelo à frente.

"Falo com o Aldo Rebelo de vez em quando. Mas não sobre o ministério, sim, sobre política. Estou animado com os andamentos, mas acompanho pela imprensa. Vejo a Copa como um filho", diz.  

 

 

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