"Pagaram R$ 80 mi em propina para vencer a licitação", diz assessor do governo de MT
Vinícius Segalla*Do UOL, em São Paulo
O mineiro Rowles Magalhães Pereira da Silva, atualmente exercendo o cargo comissionado de assessor especial da vice governadoria do Estado de Mato Grosso, afirmou ao UOL Esporte que há uma série de irregularidades no processo de licitação para a construção do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
No dia 22 de maio deste ano, o Consórcio VLT Cuiabá, formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda e Astep Engenharia Ltda, venceu a licitação, com uma proposta para construir e colocar em operação o sistema ferroviário por R$ 1,47 bilhão.
Um mês antes da publicação do vencedor, no dia 22 de abril, Rowles disse ao UOL Esporte que o Consórcio VLT Cuiabá sairia vencedor. Afirmou também que ele próprio negociara a propina para que o consórcio ficasse com a obra, no valor de R$ 80 milhões. E que, ao fim das negociações, todos os consórcios concordaram em realizar propostas de valor superior ao do consórcio vencedor.
Rowles procurou a reportagem do UOL Esporte pela primeira vez em 8 de agosto de 2011, quando ainda não era assessor especial do governo, e sim representante de um fundo de investimentos, o Inifinity, que doou um estudo de viabilidade do VLT de valor estimado em R$ 14 milhões ao governo de Mato Grosso. O estudo, feito pela empresa estatal portuguesa Ferconsult, seria uma moeda de troca para que empresas ligadas a Rowles fossem escolhidas para tomar parte na construção da obra.
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* Colaborou Adriana Vandoni, especial para o UOL, em Cuiabá |