A construtora Andrade Gutierrez fez um pedido para o Inter: avançar na demolição do anel inferior do estádio Beira-Rio. A diretoria do clube gaúcho deu o aval e um dos setores mais tradicionais ficará interditado na próxima semana. Trata-se da arquibancada social.

O reflexo será na capacidade total do estádio. Atualmente, o Beira-Rio acomoda até 42 mil pessoas. Com a demolição de outro trecho a capacidade cairá para 36 mil. E também por esta diminuição, o clube já começou os pedidos de compreensão e colaboração dos sócios.

Na terça, em seu site oficial, o Inter comunicou o fechamento dos portões 7 e 8. São eles que dão acesso ao setor abaixo das cadeiras perpétuas, popularmente chamado de social. No entanto, como forma de compensação, o clube providenciará a remoção de cadeiras no anel superior.

“A obra vai avançar a parte de quebrar a arquibancada inferior. As cadeiras do anel superior vão ser retiradas, aí se tem um ganho de quatro mil lugares, uma compensação”, disse o presidente da Comissão de Obras do Inter, Luís Anápio Gomes.

O curioso é que inicialmente o cronograma comentado por Inter e Andrade Gutierrez previa a demolição e reforma setorizada das arquibancadas. Ou seja, uma nova parte do estádio só iria abaixo após a anterior ter sido reformulada.

Nesta quarta, a Brigada Militar realizou vistoria no Beira-Rio após a remoção do palco do show de Roger Waters. E ao lado de dirigentes do Inter, estava um representante da Andrade Gutierrez. O engenheiro da construtora ficou encarregado de apresentar relatórios das novas obras até sábado, véspera do jogo com o Universidade pelo Gauchão.

Em ação no Beira-Rio desde o dia 20 de março, a Andrade Gutierrez promete entregar o estádio reformado em 22 meses. No plano de obras está a ampliação do anel inferior – que deve se aproximar do campo em cerca de 15 metros, e a cobertura completa do Beira-Rio.