Uma reunião emergencial feita na Arena Amazônia, em Manaus, interrompeu a greve de operários da construção civil, que durou 24 horas. As obras estão atrasadas dentro do estádio e na execução do projeto de mobilidade urbana.

O encontro reuniu representantes dos trabalhadores, do sindicato da construção civil, delegados do Ministério do Trabalho e um representante do Ministério Público.

Assim que os trabalhadores chegaram à Arena, de onde sairia uma passeata de três quilômetros até o Ministério Público, veio a  notícia de que 100 operários haviam sido demitidos, por terem iniciado o movimento na quinta-feira.

Imediatamente, o assunto foi abordado na reunião e os trabalhadores teriam sido reintegrados.

O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Cícero Toledo, confirmou por telefone a readmissão dos operários e o prazo para o atendimento de todas reivindicações dos operários. O prazo vence na próxima quarta-feira.

 “A construtora Andrade Gutierrez e os trabalhadores aceitaram o prazo para encaminhamento dos pedidos dos operários à diretoria da empresa, em Minas Gerais. Se até quarta-feira os pedidos não forem atendidos, haverá outra paralisação dos trabalhos”, garantiu o dirigente sindical.

Pedreiros, marceneiros, ajudantes, eletricistas que trabalham na construção da Arena Amazônia pedem cesta básica, pagamento de 100 % sobre o valor das horas extras trabalhadas, assistência médica e afastamento dos engenheiros que estariam “humilhando e ameaçando os operários”.

“Tudo foi tratado na reunião e pretendemos assinar um contrato final na próxima quarta-feira , na superintendência do Ministério do Trabalho. O acordo coletivo terá força de lei”, explicou Cícero Toledo.