Em nota, Atlético-PR nega intenção de calote e defende posição de secretário
Do UOL, em Curitiba
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Divulgação/Atlético-PR
Secretário e conselheiro do Atlético-PR, Mário Celso Cunha sugeriu hipótese de calote de dívida
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Em uma nota oficial divulgada nesta terça-feira, o Atlético-PR negou a possibilidade de dar um calote na dívida contraída, em função do financiamento para as obras da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014. O comunicado é uma resposta à divulgação de declarações do secretário estadual para Assuntos da Copa do Mundo, Mário Celso Cunha, que, em 2010, sugeriu que os clubes poderiam deixar de honrar o pagamento, que seriam anistiados pelo poder público.
“O financiamento seguirá as boas práticas bancárias, em rigorosa obediência à legislação que rege a matéria, com as necessárias garantias, não havendo qualquer possibilidade, tampouco intenção, de o clube deixar de honrar o compromisso assumido com o banco [BNDES]”, diz o comunicado.
Na mesma nota, o clube declara que “repele” a divulgação das declarações de Cunha e demonstra apoio ao político, que é também conselheiro do clube.
“Assim, o CAP repele as especulações que sugiram nos últimos dias a partir da divulgação de declarações feitas há dois anos - em contexto outro e em tom de observação, nunca de pregação - pelo então vereador e conselheiro do clube Mário Celso Cunha, que sempre agiu com responsabilidade e dedicação ao esporte e que agora, como secretário de Estado encarregado de coordenar as ações para a Copa de 2014 aqui, trabalha com grande empenho para o sucesso do evento, aspiração que desejamos possa unir os paranaenses, acima das torcidas e das disputas internas do nosso futebol”, comenta o clube.
As declarações de Mário Celso Cunha, contidas em um vídeo, foram divulgadas neste semana pelo jornal Gazeta do Povo. Em uma reunião do Conselho Deliberativo do clube, o então vereador por Curitiba, tenta convencer os conselheiros a aprovarem a busca de recursos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“O que vai acontecer? Eu tenho quase certeza. Se os clubes forem assumir esses financiamentos [para obras em estádios] não vão pagar coisa nenhuma [...] É claro que estou falando sobre suposição, mas eu acredito muito que vão perdoar essas dívidas. Não vai ter como o governo cobrar os clubes, quando o próprio Brasil quer fazer a Copa do Mundo aqui”, disse na época.
A íntrega do nota oficial
"O Clube Atlético Paranaense vem a público para expor os fundamentos que embasam o financiamento que ora encaminha junto ao Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as obras em curso na Arena da Baixada.
A segurança ao abraçar esta oportunidade histórica que é a realização aqui de parte da Copa do Mundo - com seus efeitos benéficos e duradouros para o clube, para a cidade, para o Estado e para o futebol paranaense – decorre não apenas de nossa convicção, mas de estudo de viabilidade, realizado pela empresa BDO RCS Auditores Independentes e apresentado no último dia 14, com a presença recorde de 203 conselheiros, que aprovaram por unanimidade a indicação do CT do Caju, com seus bem localizados 10 alqueires e infraestrutura que inclui dois hotéis e instalações de ponta, como garantia a ser oferecida ao banco. O estudo destaca o incremento de renda com os novos ativos que as obras irão agregar, o que irá melhorar ainda mais a posição exemplar do clube, que é dos raros do País sem dívidas e com superávit operacional.
A opção pelo modelo de autogestão, em contraposição à concessão de exploração comercial das obras por 20 anos, que era a forma anteriormente pretendida, foi essencial para determinar a viabilidade do empreendimento.
Também a experiência adquirida com a construção em pouco mais de um ano da atual Arena, nacionalmente reconhecida e que na época estabeleceu novos referenciais de qualidade em estádios para o País, avaliza a expectativa de êxito.
Assim, o CAP repele as especulações que sugiram nos últimos dias a partir da divulgação de declarações feitas há dois anos - em contexto outro e em tom de observação, nunca de pregação - pelo então vereador e conselheiro do clube Mário Celso Cunha, que sempre agiu com responsabilidade e dedicação ao esporte e que agora, como secretário de Estado encarregado de coordenar as ações para a Copa de 2014 aqui, trabalha com grande empenho para o sucesso do evento, aspiração que desejamos possa unir os paranaenses, acima das torcidas e das disputas internas do nosso futebol.
Conselho Administrativo Conselho Deliberativo
CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE "