O contrato entre Internacional e Andrade Gutierrez vai finalmente ser oficial. Acordado desde dezembro, mas com negociações que se estenderam até a última sexta, o documento será assinado com direito a bateria de fogos de artifício e um telão de alta resolução para que a torcida possa acompanhar do lado de fora do estádio.

A pompa e circunstância foi um pedido feito pela construtora. Segundo os dirigentes colorados, a meta do clube era fazer uma cerimônia menor. Reservada. A ideia de criar todo um ambiente de mega-produção já faz parte da tentativa de recuperar a boa imagem junto aos gaúchos.

O ato de assinatura do contrato ocorrerá no salão nobre do Conselho Deliberativo. Mas do lado de fora um telão de alta resolução foi instalado. Poucos metros mais além, funcionários acomodaram três baterias de fogos de artifício. O material foi deslocado após um pedido da comissão técnica - que temia pelos disparos durante do treinamento do time no gramado suplementar.

Andrade Gutierrez e Inter negociaram durante oito meses. Neste período, as obras dentro do estádio pararam. O acordo ficou próximo diversas vezes, mas sempre surgiram entraves. E no meio de todas as conversações, a torcida se irritou com a postura adotada pela empreiteira.

Nada de entrevistas, apenas notas oficiais em jornais. Engenheiros instalados em Porto Alegre, mas proibidos de atender os jornalistas. Reuniões com o Inter negadas, mesmo com evidências claras. E por fim, a tentativa de imputar ao Banrisul a responsabilidade pelo atraso na obtenção do financiamento junto ao BNDES.

Com o contrato assinado, o Internacional vai transferir seu vestiário para o ‘Parque Gigante’, a área social do complexo Beira-Rio. A data para retomada oficial das obras, porém, ainda não é confirmada. Segundo os dirigentes vermelhos, em dez dias máquinas já estarão trabalhando.

O presidente da Andrade Gutierrez, Otávio de Azevedo, deu outra data para entrar de vez na obra. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o empresário citou o dia 1º de abril. Um domingo.