O presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, quebrou a escrita desde que a construtora começou a negociar com o Inter e, enfim, deu entrevista. Mas a manifestação do empresário não foi lá muito positiva. A empreiteira ainda não definiu a data para assinatura de contrato com o colorado, que vai permitir a retomada das obras no estádio Beira-Rio.

“Eu não quero prometer [uma data], mas se dependesse de mim assinaria o quanto antes”, disse Azevedo em entrevista à Rádio Gaúcha. “Faltam pequenos ajustes e quero definir até esta sexta quando vamos assinar”, completou.

Andrade Gutierrez e Inter negociam uma parceria de 20 anos desde o primeiro semestre de 2011. No final do mês passado, a construtora foi pressionada pelo governo federal a conseguir garantias financeiras para botar a mão no financiamento do BNDES.

Diante do ultimato do Palácio do Planalto, a AG intensificou a busca por parceiros que irão compor uma Sociedade de Propósito Específico. Esta empresa, já criada, é que irá administrar a reforma do Beira-Rio. E através dela que a empreiteira espera conseguir cerca de 210 milhões de receitas da linha de crédito do governo.

“As coisas estão bastante adiantadas”, garantiu Otávio Marques de Azevedo, ao ser questionado sobre as empresas que entrarão no negócio com o Inter. O empresário, porém, não confirmou que o Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) siga como uma espécie de avalista da construtora.

Na quarta, o Beira-Rio recebeu uma comitiva da Fifa. E no encontro, o presidente do Internacional, Giovanni Luigi, chegou a estimar a assinatura do contrato até a próxima terça.

Somente com o documento assinado é que as máquinas contratadas pela AG terão permissão para iniciar atividade no estádio. Atualmente, o Beira-Rio está há 257 dias sem obras.