Plenário da Câmara deverá votar Lei Geral da Copa nesta quarta-feira

Maurício Savarese

Do UOL, em Brasília

  • Bandnews

    Se aprovado nesta quarta, projeto seguirá para apreciação do Senado

    Se aprovado nesta quarta, projeto seguirá para apreciação do Senado

Os aliados da presidente Dilma Rousseff tentarão aprovar ainda nesta quarta-feira (7) no plenário da Câmara dos Deputados a Lei Geral da Copa do Mundo de 2014. A expectativa dos governistas é de que o texto seja remetido ao Senado para acabar sancionado no Palácio do Planalto nas próximas semanas.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que os deputados votarão regime de urgência para que o assunto seja decidido na Casa ainda nesta noite. "Vamos votar o texto também e vai ser hoje", disse ele a jornalistas. Já o líder do Democratas, deputado ACM Neto (BA), rejeitou essa possibilidade.

"O texto saiu da comissão ontem, mal foi discutido aqui e ainda nem nos sentamos para discutir quais destaques ao relatório nós vamos apresentar", afirmou. "Hoje isso não vai ser votado de jeito nenhum." Ainda assim, os governistas seguem confiantes de que ao menos o texto-base será aprovado nesta noite.

Na terça-feira (6), a comissão especial para debater o tema aprovou o relatório do deputado Vicente Cândido (PT-SP), inclusive no ponto mais polêmico: a venda de bebidas alcóolicas em estádios do Mundial. A medida ainda pode ser revista no plenário da Casa, assim como a determinação de cotas de ingressos mais baratos para estudantes.

Atraso

Inicialmente o governo esperava votar o texto no plenário na terça-feira. Por conta de um erro regimental no trâmite pela comissão especial na semana passada, a aprovação do texto pelos parlamentares teve de ser repetida na sessão da tarde de ontem. 

A Lei Geral da Copa é uma exigência da Fifa para realização do evento no Brasil. A demora na aprovação do texto pelo Congresso está na origem dos comentários do secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, que levaram a uma crise diplomática com o governo Dilma. 

Valcke afirmou que o Brasil precisava de "um chute no traseiro" para acelerar obras. O assessor internacional da Presidência brasileira, Marco Aurélio Garcia, elevou o tom dos ataques ao chamar o francês de "vagabundo". O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse que o governo não terá o secretário-geral da Fifa como interlocutor.

Também na terça-feira, Valcke e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, pediram desculpas pelo incidente. O suíço divulgou nota para dizer que viria em breve ao Brasil e pediu um encontro com a presidente, que provavelmente seria marcado após a aprovação da lei Geral da Copa pelo Congresso. 



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