Inter conta com pressão de Dilma e espera fim do impasse das obras até sexta
Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre
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Divulgação/Presidência da República
Presidente entrou em contato com construtora pedindo resolução do impasse
O Internacional dá de ombros aos últimos episódios e mostra uma nesga de otimismo surpreendente no impasse com a Andrade Gutierrez. Boa parte do sentimento vermelho advêm do posicionamento da presidente Dilma Rousseff.
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Nos últimos dois dias, a pressão de Dilma deixou de ser apenas política para ganhar o reforço de telefonemas. Os contatos com representantes da Andrade Gutierrez motivaram, por exemplo, o envolvimento de outro grande executivo da empreiteira das negociações com o Banrisul.
Munido do relato de interlocutores da presidente, e da manifestação do ministro Aldo Rebelo ao governo do Rio Grande do Sul, o Internacional ganhou fôlego na espera por uma definição sobre o financiamento junto ao BNDES – último quesito para a retomada das obras.
"Eu entendo que nas próximas 24 ou 48 horas teremos uma posição final sobre este assunto", disse o presidente do Internacional, Giovanni Luigi após uma reunião com outros dirigentes do colorado.
Em negociação com o Inter desde o primeiro semestre do ano passado, a Andrade Gutierrez quer bancar apenas 20% do orçamento para reforma do Beira-Rio. O resto dos cerca de 330 milhões de reais serão capitalizados por uma Sociedade de Propósito Especifico e investidores. Que contam com o financiamento federal.
A busca do dinheiro do BNDES é uma tarefa tão somente da Andrade Gutierrez. Que no sábado passado emitiu nota oficial transferindo a responsabilidade do atraso no acordo para o Banrisul. A posição gerou insatisfação do banco e dos governantes gaúchos.
Desde então, a pressão política em cima da empresa cresceu. A última a integrar o bloco que cerca a Andrade Gutierrez foi justamente a presidente Dilma Rousseff.
"O fato de os executivos não terem voltado para São Paulo, terem ficado aqui e pedido uma nova reunião é altamente positivo [...] eu tenho certeza que a construtora fará estas garantias necessárias", opinou Luigi.