AG não muda a proposta e banco não libera empréstimo para obras do Beira-Rio
Do UOL, em Porto Alegre
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Carmelito Bifano/UOL Esporte
Banrisul mais uma vez não aprovou as garantias oferecidas pela Andrade Gutierrez
A diretoria do Banrisul mais uma vez se negou a ser o avalista do financiamento que a Andrade Gutierrez tenta junto ao BNDES para reiniciar as obras de reforma do estádio Beira-Rio. Segundo o presidente da instituição, Túlio Zamim, a proposta entregue na reunião que ocorreu no início da tarde praticamente é a mesma que vem sendo indeferida desde dezembro de 2011.
"Concluímos que a proposta continua absolutamente insuficiente, do ponto de visto das garantias, que é aquilo que vínhamos informando a sociedade gaúcha. Reafirmamos a disposição de continuar trabalhando na construção de uma solução e deixamos muito claro para a empresa das nossas condições, das nossas responsabilidades, do nosso compromisso", afirmou o mandatário do Banrisul.
O banco segue aguardando que a Andrade Gutierrez apresente as garantias bancárias dos parceiros do empreendimento para liberar o crédito necessário para retomar as obras de reforma visando a Copa do Mundo de 2014.
"A empresa continua se apresentando com uma responsabilidade de apenas 20% do projeto na constituição dos ativos que devem captar o financiamento. Isso é absolutamente insuficiente. Nós deixamos claros, que as garantias devem ser prévias e não podem estar vinculadas ao empreendimento. São garantias independentes e que não dependam da taxa de sucesso do empreendimento", declarou Zamim.
Definido como sede da Copa do Mundo de 2014, o Beira-Rio foi inaugurado em 1969 e tem orçamento previsto, pela Andrade Gutierrez, de R$ 330 milhões de reais. Nos planos, está a ampliação das arquibancadas, a construção de um edifício garagem e da cobertura do estádio. Porém, há 249 dias as obras estão paralisadas aguardando pela assinatura entre o Inter e a AG.