Trabalhadores do Maracanã conseguem aumento de 10,5%; obra no Castelão é retomada
Do UOL, em São Paulo
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Divulgação
Maquete mostra como estádio do Maracanã ficará após a reforma para Copa do Mundo
Os operários que trabalham na reforma do estádio do Maracanã garantiram nesta terça-feira um aumento de 10,5% no salário. Em meio a paralisações e reclamações de trabalhadores de obras da Copa do Mundo, os funcionários do Consórcio Maracanã Rio 2014 fecharam um acordo considerado positivo e descartaram uma greve, pelo menos neste momento.
Governo ausente
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Em entrevista ao UOL, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que o governo federal não vai intervir em negociações trabalhistas de operários de obras da Copa do Mundo de 2014. Senadores, porém, já planejam criar barreiras contra paralisações durante o Mundial
O percentual do aumento foi aprovado em assembleia realizada nesta manhã, no canteiro de obras do estádio. Cerca de 500 trabalhadores participaram da reunião com representantes do sindicato e deram seu aval para o resultado da negociação que fixou os termos do acordo coletivo da categoria.
A partir de fevereiro, além do aumento de 10,5% no salário, quem trabalha na obra do Maracanã terá direito a pagamento adicional de 100% sobre a hora extra trabalhada no sábado, vale alimentação de R$ 230 por mês e planos de saúde totalmente custeado pelo consórcio responsável pela reforma.
Também ficou acordado que os 19 dias nos quais os trabalhadores estiveram em greve no ano passado não serão descontados mais das rescisões feitas a partir desta terça.
"O acordo foi muito bom", disse o diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro, Romildo Vieira da Silva. "Os trabalhadores terão um dos melhores salários para categoria do país e, por enquanto, não há possibilidade de greve."
Ainda nesta quarta-feira, operários do Castelão, em Fortaleza, voltaram ao trabalho. Em assembleia nesta manhã, eles decidiram pôr fim a paralisação, que durou dois dias.
No Castelão, a greve dos trabalhadores foi motivada por diferenças nas condições trabalhistas entre funcionários do Consórcio Arena Castelão, responsável pela obra, e funcionários terceirizados que também trabalham no local. Um acordo entre o consórcio e o sindicato prevê tratamento igual às duas classes de operários.