Construtora e sindicato não entram em acordo, e greve no Castelão durará, pelo menos, até quarta
Vinícius Segalla
Do UOL, em São Paulo
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Sintepav
Após assembleia, funcionários do Castelão cruzaram os braços na manhã desta segunda-feira
A greve dos trabalhadores do Castelão, estádio de Fortaleza (CE) que será utilizado na Copa do Mundo de 2014, vai durar, pelo menos, até a próxima quarta-feira, quando os operários se reúnem em nova assembleia. Cerca de 500 dos 1.000 trabalhadores da reforma do Castelão cruzaram os braços nesta segunda-feira, após realizarem a primeira assembleia para definir a pauta de reivindicações deste ano.
De acordo com o sindicato da categoria (Sintepav), os operários de empresas subcontratadas pelo consórcio que toca a obra estão com salários atrasados, pagamentos defasados, sem receber cestas básicas nem horas extras.
Em reunião realizada com os trabalhadores na tarde desta segunda, o Consórcio Galvão Andrade Mendonça, responsável pela reforma, admitiu que podem haver problemas e se disse disposto a negociar. O consórcio afirma também que foi pego de surpresa pela paralisação, que teria sido deflagrada sem que houvesse prévia negociação.
"Os representantes do consórcio prometeram apresentar documentações amanhã (terça-feira) provando que os problemas apontados pelos trabalhadores serão resolvidos. Se fizerem isso, podemos votar o fim da paralisação na quarta-feira", disse Raimundo Nonato Gomes, presidente do Sintepav, que representa os trabalhadores do Castelão.
O secretário Ferruccio Feitosa, da Secretaria de Estado Especial da Copa, afirmou que pode intermediar as negociações entre patrões e empregados, caso seja necessário.
Obras para a Copa de 2014