Banco prevê Copa com poucos gols e domínio sul-americano

O banco americano Goldman Sachs analisou a história de jogos de futebol internacionais desde 1960 e chegou à conclusão que teremos uma Copa do Mundo com poucos gols por partida, domínio sul-americano e o Brasil hexacampeão.

O método usado leva em conta também o ranking mundial Elo (feito a partir dos resultados históricos de cada equipe), o número de gols marcados nos dez últimos jogos internacionais, os gols sofridos nos últimos cinco torneios internacionais, os resultados em Mundiais e o país e continente onde a competição é disputada.

"Nosso modelo não usa nenhuma informação sobre a qualidade das equipes ou jogadores individuais", explica o Goldman Sachs.

Uma análise feita pela consultoria em 2010 mostra que sua previsão pode não ser totalmente precisa, mas chega bem próximo disso.

No último Mundial, o Brasil era o grande favorito do Goldman Sachs, com 26,6% de chances, mas acabou eliminado nas quartas de final pela Holanda.

No entanto, a segunda seleção com maior probabilidade de ganhar o torneio era a Espanha, com 15,7% de chances, e que de fato levou o título. A Holanda era a terceira favorita e ficou com o vice-campeonato.

Por isso, antes de completar seu bolão para a Copa, dê uma olhada no que prevê o Goldman Sachs.

Brasil campeão - e sobre a Argentina!

O Goldman Sachs dá quase como certo que o Brasil passará da primeira fase, com 99% de chances de chegar às oitavas de final e 78,1% de sobreviver até as quartas de final.

Já nesta fatídica etapa, em que o Brasil foi eliminado nas últimas duas Copas, a probabilidade da Seleção avançar cai para 71,7%.

Mas suas chances de chegar à final são altas, de 60,3%. Na previsão do banco, a partida será com a Argentina, que será batida pelo Brasil por um respeitável 3x1.

"O Brasil tem uma performance especialmente forte em Copas do Mundo quando comparamos com partidas fora do torneio. Essa é uma razão clara do país ter ganho cinco Mundiais", diz o relatório.

O fator 'jogando em casa' (ou perto dela)

A análise mostra que 30% das Copas foram vencidas pelo país-sede. Esse índice é ainda maior, de mais de 50%, quando levados em conta só os países da elite do futebol mundial – Argentina, Brasil, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Espanha e Uruguai.

Mas, segundo o Goldman Sachs, não é só o país-sede que leva vantagem pelo fato da Copa ser no Brasil.

Jogar no próprio continente favorece as seleções. "Nenhuma seleção da Europa ganhou uma Copa disputada nas Américas", diz o relatório.

Por isso, as chances de um país latino-americano ganhar o Mundial são de 65%.

Esse fator ainda influencia na quantidade de gols marcados pelas seleções, com o México levando a maior vantagem.

Não se fie no ranking da Fifa nem em casas de apostas

Em quarto lugar no ranking da Fifa, o Brasil tem a maior probabilidade de ganhar a Copa, com 48,5% de chances, e fica numa liderança folgada neste quesito, com a Argentina, sétima colocada no ranking da Fifa, em segundo lugar, com 14,1% das chances, seguida pela Alemanha – a segunda no ranking -, com 11,4%.

A primeira colocada Espanha aparece apenas em quarto lugar, com 9,8% das chances de vencer o Mundial.

"Não é surpreendente que o time de futebol mais bem sucedido da história tenha boas chances de ganhar a Copa em casa, mas a vantagem brasileira ainda assim é impressionante", diz o relatório, que destaca como as chances do Brasil ser campeão são quase duas vezes mais altas do que a média em casas de apostas, que é de 25%.

Poucos gols por partida, mas com um bom saldo final

A análise do Goldman Sachs mostra que a média de gols por partida, que ficava entre 4 e 5 na primeira metade do século 20, atualmente está entre 2 e 3.

Apesar do Goldman Sachs antever esta baixa média de gols por partida, o torneio provavelmente terá um bom saldo total - já que a consultoria não prevê uma partida sequer terminando em 0x0.

Não aposte em goleadas (a não ser com o Brasil em campo)

Das 64 partidas da Copa, apenas três delas serão goleadas – e todas elas aplicadas pela Seleção Brasileira na primeira fase da competição.

Segundo a previsão do Goldman Sachs, o Brasil vencerá a Croácia e o México por 4x1 e Camarões por um impressionante 5x0.

Está na dúvida? Escolha um empate de 1x1

Nada menos do que 70,8% das partidas da primeira fase, ou 34 dos 48 jogos, terminarão em empate – e todos em 1x1.

Isso sem contar as oitavas de final, que prometem deixar os fãs angustiados, com metade das oito partidas decididas nos pênaltis após um empate de 1x1.

Para não ter surpresas

É fácil prever o desempenho de grandes seleções como as de Espanha, Itália ou Uruguai, mas e quanto aos times sem tradição no Mundial? O que dizer de Honduras, Costa do Marfim ou Bósnia?

O relatório da Goldman Sachs analisa cada um dos times em detalhes, com estatísticas de suas participações anteriores em Copas.

Dá para saber, por exemplo, que apesar da Argélia ser um dos melhores times africanos – ficou em quarto no Mundial do continente em 2010 –, o time não tem grandes estrelas e nunca passou da primeira fase do torneio em suas quatro participações.

Ou que o Irã poderá surpreender e passar pela primeira vez para as oitavas de final, em sua quarta participação em Copas.

Mas a seleção iraniana não irá muito longe, segundo o relatório, e será eliminada pela França. Não se pode ter tudo, não é mesmo?

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