Americanos contam por que decidiram vir (ou não) para a Copa

Sérgio Patrick

De Nova York para a BBC Brasil

O slogan "Copa das Copas" que a Fifa e o governo federal têm usado faz todo sentido para o estudante universitário Michael Goldestein. Ele vai viajar para o Brasil com um grupo de amigos canadenses para ver jogos da Copa do Mundo com expectativa alta.

"Só ir pra Copa já é incrível, no Brasil melhor ainda. De todas as Copas, essa deve ser a melhor. As pessoas falam de violência e da falta de estrutura, mas não estou preocupado", diz Goldenstein

Nascido e criado em Nova York, ele é de família francesa e viu de perto duas grandes conquistas da seleção da França.

"Estive na França quando era criança, na Copa 98, na própria França, e na Eurocopa de 2000, na Holanda e na Bélgica. Não imagino lugar melhor para viver novamente essa experiência do que o Brasil."

Goldenstein se diz fã de futebol, garante que acompanha a Liga dos Campeões e alguns times europeus, mas não segue uma equipe na Liga Americana.

Ele comprou ingressos para cinco partidas no Rio de Janeiro: Argentina x Bósnia, Espanha x Chile, Bélgica x Rússia e França x Equador pela primeira fase, além de um duelo das oitavas de final.

Apesar de admitir que a viagem custou um pouco mais caro do que esperava, pretende conhecer praias do Nordeste depois dos jogos.

Violência e falta de estrutura

O analista financeiro Jeff Gardiner sempre quis ir a um evento como a Copa do Mundo. Não se considera fanático por futebol, mas adora o Mundial e acompanha a seleção dos Estados Unidos.

Viu no estádio, na cidade de Columbus, a vitória sobre o México nas eliminatórias.

"Adoro viajar e conhecer lugares novos. O fato de a Copa do Mundo ser no Brasil foi a primeira coisa que me motivou. Seria uma ótima oportunidade para conhecer o país", afirma Gardiner.

Gardiner, no entanto, encontrou uma lista de motivos para não ir ao Brasil.

"Fiquei preocupado com a violência e com a falta de estrutura (lembra o incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria). Também tenho certeza que vai haver muitos protestos contra a corrupção."

Outra preocupação foi o bolso."Eu teria que percorrer longas distâncias para acompanhar a seleção dos Estados Unidos, o que me parece mais caro e perigoso do que eu gostaria", afirma.

"Estou contente que o Mundial seja jogado em um país com tanta importância no futebol, mas não vejo o Brasil com estrutura ou autoridades preparadas para acolher e proteger a grande quantidade de torcedores de outros lugares do mundo."

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