Lula tinha deixado a presidência havia seis meses quando aceitou um convite da socióloga Rosângela da Silva para dar uma palestra na Escola Superior de Guerra, no Rio, em 29 de julho de 2011.
A saúde de Lula intensificou a disputa entre a primeira-dama Janja e a Secom (Secretaria de Comunicação) pelo controle da comunicação do governo, principalmente no que se refere à imagem do presidente.
Em pelo menos duas ocasiões, petistas evitaram menção à Marisa Letícia, antiga esposa de Lula, para não aborrecer Janja. Marisa morreu em 3 de fevereiro de 2017 após sofrer um AVC.
Passados quase dois anos desde que Lula foi eleito, ainda é tema de especulação a real influência de Janja no Planalto, especialmente na indicação e nomeação de servidores e até de ministros.
O protagonismo atribuído a Janja na decisão de Lula de não decretar GLO (Garantia da Lei e da Ordem) durante os atos golpistas de 8 de janeiro é "uma gentileza" do presidente com a esposa, dizem aliados e integrantes do governo.
Na primeira vez em que visitou Lula na carceragem da Polícia Federal, Janja entrou como advogada. Foi em 30 de julho de 2018, uma segunda-feira (apenas as quintas-feiras eram reservadas a visitas).
Antes de Lula tomar posse como presidente, Janja prometeu que não seria uma primeira-dama convencional. Transcorridos quase dois anos de governo, ela tem cumprido a promessa.