Imagine se Jair Bolsonaro ignorasse o resultado de um concurso de arquitetura para o pavilhão do Brasil na Feira Universal de Osaka e escolhesse um projeto simplesinho, sem dar explicações a ninguém? Seria chamado, é claro, de inimigo da cultura e da arquitetura (o que, é bom frisar, sempre foi).
Trump escolheu um adversário fácil: cortar verbas e ameaçar as universidades de maior prestígio nos EUA. Análises preguiçosas resumem as chantagens do presidente populista à sua "guerra contra o saber" ou à "perseguição cultural antiwoke".
As novelas de antigamente abusavam de um plot cômico: as estrelas rivais que chegam à mesma festa com vestidos idênticos. Dava processo e ameaça de morte ao estilista que copiou (ou se repetiu).
Trump decretou que os futuros edifícios do governo dos Estados Unidos sejam construídos no estilo "clássico" da arquitetura. O modelo? Grécia e Roma antigas. Ainda que, como incorporador, tenha feito torres pretas com detalhes dourados, que atrairiam a fúria de Zeus, Netuno e todos os deuses. Nada...
Menos de 12% das ruas de São Paulo são arborizadas, algo tristemente detectado por qualquer um que saia da rica zona oeste. Em Curitiba, 75% das ruas têm arborização. São Paulo, com 11,9 milhões de habitantes, tem 650 mil árvores urbanas. Curitiba, com 1,7 milhão de almas, tem 400 mil.
Parem o Nubank! O banco não foi pro Centro, mas uma barulhenta e minúscula esquerda-soviética está em pânico. Supostamente, o Nubank não deixará qualquer espaço para a criação de moradia popular na região, segundo a versão PSTU dos urbanistas.
O Nubank quer uma nova sede para reunir seus 8.000 funcionários, e que seja em um prédio "icônico", fotografável, para locais e turistas, segundo reportagem do Brazil Journal. Não será na Faria Lima, aquele cemitério de generosidade urbana e arquitetura.
Os bolsonaristas se excitam com Elon Musk. Os petistas sentem calores com a inteligência artificial "made in China". Mas é Trump quem lidera o processo de latino-americanização dos Estados Unidos.
Os brasileiros têm tão raras oportunidades de reconhecimento internacional que Fernanda Torres virou um mix de Ayrton Senna, Ronaldo Fenômeno e Gisele. Com mais ginga que os três. E, melhor ainda, no mundo cultural, onde somos ainda menos conhecidos que nos esportes ou nas passarelas. A bossa nova...
Ricardo Nunes fez um raro golaço, mas você ouviu pouca comemoração. Se der poder de fato para a nova secretária de Urbanismo, a prefeitura pode surpreender.
O governo tribalista de Eduardo Paes, aquele que é de todo mundo e todo mundo lhe quer bem, já chegou ao sétimo secretário de Habitação desde 2021. Sete secretários em pouco mais de quatro anos. Nenhum consegue esquentar a poltrona. O atual é o precoce Diego Zeidan, de 26 anos, filho do prefeito de...
Deu a louca no RH de Ricardo Nunes. E olha que a prefeitura terá orçamento recorde este ano, de R$ 125 bilhões. E Totó Parente é o novo secretário de Cultura de São Paulo. Nunca ouviu falar?
Jayme Kow era o embaixador do shopping Higienópolis, brincou o rabino Malowany, ao descrever o amigo que tinha acabado de morrer. Era a alegria da padaria Aracaju, na rua Maranhão, onde tomava café da manhã diariamente com um grupo de amigos entre 70 e quase 90 anos.
Selton Mello merece um naco da imensa torcida nacional pelo Oscar para Fernanda Torres. Nosso coadjuvante retratou, com dignidade e leveza, um personagem raríssimo da natureza humana: Rubens Paiva. Engenheiro civil e político, mas bonachão e sofisticado; um construtor do mercado imobiliário, que...
Imagine William Bonner ao vivo, direto do Pico do Jaraguá, às vésperas da eleição para prefeito. Sobrevoando os loteamentos clandestinos que devastam a Serra da Cantareira. Em vez da Casa Branca, teria São Paulo inteira ao fundo. Na sequência, Renata Lo Prete destrincha em seu telão 3D a demografia...
A venda de moradias sociais para a classe média não deveria ser encarada como uma surpresa pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo), afirmou o colunista Raul Juste Lores no UOL News desta quarta-feira (6).
Não é a melhor hora para ser "situação" em qualquer governo do mundo. As massas querem mudança, a que tiver na mesa. As massas têm pressa e não têm paciência para nuances ou debates complexos.
Será que Tarcísio de Freitas fará o papel de babá, fiador ou salva-vidas na próxima gestão de Ricardo Nunes? O prefeito nem citou Bolsonaro em seu discurso de vitória, e o governador ignorou o canto da sereia de Pablo Marçal entre os bolsonaristas.