É sintomático que tenhamos encerrado a primeira parte do mandato presidencial sem um encaminhamento completo para o desajuste das contas públicas. Revela-se uma situação de falta de convicção combinada com entraves complexos do ponto de vista político.
O Banco Central decidiu, por unanimidade, aumentar os juros básicos. A meta Selic passou de 11,25% ao ano para 12,25% ao ano. Além disso, o Copom (Comitê de Política Monetária) já indicou que haverá mais duas altas da mesma magnitude nas próximas reuniões, as primeiras sob o comando do economista...
O anúncio do pacote de medidas para conter os gastos públicos produziu efeitos indesejados para o governo e para a economia. Em parte, o mercado nega-se a reconhecer a importância das ações que vão segurar o crescimento do salário-mínimo, as concessões do abono salarial e do benefício de prestação...
O anúncio das medidas de ajuste fiscal pelo ministro Fernando Haddad foi positivo. Entretanto, maculou-se pela mistura com o tema da mudança na faixa de isenção do Imposto de Renda e não contemplou o volume suficiente de economias para reequilibrar as contas públicas.
O filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, já é vitorioso. Poderá, ainda, ser coroado na premiação do Oscar. Mas ao ajudar a vencer o pensamento reacionário, por si só, já é o campeão.
O pacote fiscal a ser anunciado pelo governo federal deve colaborar para restabelecer um padrão mínimo de confiança e credibilidade na política fiscal. O déficit melhorou, desde o ano passado, em boa medida em razão das ações tomadas pelo lado da receita. Mas é preciso ir além.
Há setores do próprio governo que parecem jogar contra o planejamento da área econômica para o corte de gastos. Particularmente, preocupam-se com alterações que prejudiquem benefícios sociais antigos, a exemplo do BPC (Benefício de Prestação Continuada), do Abono Salarial e do Seguro-Desemprego....
O Ministro Fernando Haddad tem sinalizado na direção de um conjunto de medidas do lado das despesas públicas. A expectativa quanto ao chamado pacote fiscal, no mercado, é grande, sobretudo com o dólar disparando e o contexto de eleições americanas turvando nossa visão.
Uma prática que tem sido adotada em 2024 é a aprovação de leis que autorizam o uso do superávit financeiro no balanço da União para financiar despesas com determinadas políticas.
Consumidores podem comemorar o anúncio da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) de reduzir cobrança extra pela cor da bandeira da conta de luz, e o Banco Central não pode ignorar a medida, afirmou o economista e colunista do UOL Felipe Salto durante participação no UOL News 2ª Edição desta...
As declarações do presidente Lula e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), na semana passada, soaram controversas. De um lado, a defesa do enfrentamento da pressão fiscal exercida pelo ritmo de crescimento dos gastos públicos. De outro, a política. Pelo caminho do...
O ministro Fernando Haddad está certo ao atacar gastos, e o presidente Lula faz o papel político dele, afirmou o economista e colunista do UOL Felipe Salto durante participação no UOL News 2ª Edição desta quarta-feira (16).
A promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de aumentar a faixa de isenção do IRPF (Imposto de Renda das Pessoas Físicas) para R$ 5.000 só pararia de pé se acompanhada de medidas compensatórias. É o que manda a lei. Além disso, não beneficiaria os mais pobres, vale dizer, que ganham...
A dívida pública é um importante mecanismo de financiamento do Estado. Despesas não cobertas por impostos precisam ser financiadas, daí a importância de se conseguir captar recursos emitindo títulos públicos, isto é, dívida. A sustentabilidade do endividamento é a capacidade do país de garantir...
É bastante óbvio o que está escrito no título deste artigo, mas cabe repetir. Não deveria haver surpresa em uma agência de classificação de risco aumentar a nota concedida a uma economia, ainda sem conferir o selo do chamado grau de investimento, se o país em questão tem risco de insolvência igual...
Com um orçamento de R$ 112 bilhões, São Paulo é uma cidade próspera, que acolhe a todos para trabalhar e progredir. É a cidade do teatro, da cultura, da vida que vale a pena ser vivida. Ao mesmo tempo, remanescem desigualdades patentes, que só poderão ser combatidas por gente preparada e com...
O governo federal depender da receita gerada por bets — estimada em mais de R$ 200 bilhões, segundo a Folha — gera uma preocupação muito grande, dentre muitos fatores, devido à precariedade do setor, afirmou o colunista do UOL Felipe Salto durante participação no UOL News 2ª Edição desta...
As graves situações causadas pelas queimadas no Brasil suscitam o debate sobre uma das dimensões da política orçamentária e do planejamento estatal: a imprevisibilidade. Como lidar com eventos não previstos e financiar o seu enfrentamento, rápida e adequadamente? Há situações, como a causada pela...
A alta da taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual não vai frear o crescimento em curso da economia no Brasil, avaliou o economista e colunista do UOL Felipe Salto durante participação no UOL News 2ª Edição desta quarta (18).
É preciso, sim, criticar o Estado brasileiro quando ele erra. E erra bastante, muitas vezes por excesso. Quando acerta, entretanto, temos de aplaudir. É o caso da Resolução nº 179/2023 da Comissão de Valores Mobiliários, a CVM. Estamos prestes a vivenciar uma nova era de transparência no mundo dos...