Pouco me importam os rankings e prêmios: fui ao melhor bar do mundo dia desses. Como qualquer paixão, não preciso ser racional, nem imparcial, logo, afirmo e confirmo que La Sala de Laura foi, de longe, o lugar que mais me impressionou em alguns anos de andanças etílicas por aí.
Se você carnavaliza há uns anos, conhece o fenômeno Xeque-Mate. A bebida da latinha verde, feita com mate, rum, guaraná e limão, conquistou de Minas (seu "país" de origem) a São Paulo e Rio de Janeiro com o boom dos bloquinhos de rua nos últimos anos.
Tá bom, vocês venceram. Batata frita? Não, não é batata frita, nem dois chops. 'Dry januaryers', hoje não vai ter álcool nessa coluna e trago boas novas.
Nos anos 2000, ele era o bartender-sensação, o galã do Spot - como dizia a revista feminina - e depois o poderoso do efêmero Apothek. Hoje, o consultor, o empresário, o jurado do reality, o provocador do Instagram.
Se muita gente do lado de fora dos balcões começou a se ligar nas listas 50 Best há pouco tempo, o World's 50 Best Bars não é território desconhecido para o Tan Tan, em São Paulo.
Na hora de escolher aquela bebidinha especial para os dias gelados do inverno, há mais opções do que aquela garrafinha de Malbec quer te fazer acreditar. E se você é dos drinques, não precisa se ater aos velhos clássicos.
Para boomers, geração X e millenials, é irresistível uma torcida de nariz para a geração Z. Aos 25 anos, Guilherme Mora veio para derrubar as birras com a juventude em alto estilo e numa das áreas mais dominadas por velhos (e muitas vezes ultrapassados) conhecidos: o vinho.
Não cometerei o mesmo erro de falar das delícias das andanças aos 45 do segundo tempo, como foi com o Bloody Mary, meu drinque em 2023. Quem acompanha a mulher por trás dessa coluna (sim, mãe solo desse espaço. Não é mole não) sabe que fui a um dos paraísos etílicos e não poderia deixar de...
Imagine a seguinte situação: você não quer ou não pode beber álcool e está em um bar que apresenta na carta os chamados mocktails. Pede um deles. O garçom te olha e responde com a ironia mais filha da mãe do mundo: "Sem álcool aqui só água". Rarará.
Quem acompanha o universo dos drinques já sabe: World Class tá logo aí. A "Copa dos bartenders" promovida pela gigante Diageo anunciou nesta terça (16) os 20 semifinalistas da etapa brasileira - que em 2023 consagrou Vitoria Kurihara como a vencedora.
Em uma noite do verão saárico paulistano, caiu a energia do bar. Larga misturador, bailarina, coqueteleira e corre para disjuntores. Voltam as charmosas lâmpadas que iluminam o balcão industrial e as mesinhas, o ar-condicionado - graças - e a ótima música de um dos bares de Luiz Felippe Mascella.
Quando você quer "beber a ásia", o que vem na sua cabeça? Para a enorme maioria o saquê japonês, para alguns uma cerveja (também japonesa), e até uísque. Adivinha? Sim, made in Japan.
Aos bebedores brasileiros, o saquê não é uma bebida exatamente nova. Porém, por mais que a colônia nipônica seja enorme por aqui e a culinária japonesa e suas corruptelas tenham se tornado bastante populares no Brasil, nós ainda não lemos nem a primeira página deste fermentado de muitas histórias.
Não se deixe enganar pela inicial timidez: Walter Bolinha é bom de papo. Há 25 anos à frente dos coquetéis do Baretto, o icônico bar do grupo Fasano, o paraibano de Areia começa a conversa escondendo o ouro - "não sei dar entrevista".
Assim como nos clichês, há de se acreditar no hype. Se algo está em tanta evidência, é porque tem valor por lá, acredite. Não é diferente quando se fala de bares e bebidas.
Tem dias que a gente se sente/Como quem partiu ou morreu/A gente estancou de repente/Ou foi o mundo então que cresceu/A gente quer ter voz ativa/No nosso destino mandar/Mas eis que chega a roda-viva/E carrega o destino pra lá
Há um mês, conheci um bar aqui em São Paulo que me deixou de cara logo na carta de autorais: repleto de drinques à base de cachaças. Prata, envelhecida, de jambu...eram 10 criações com um dos destilados que eu aprendi a amar na trajetória do jornalismo etílico.