Flávio Dino argumentou que uma operação de prisões em massa poderia gerar "centenas de mortes" no território yanomami, onde entidades do governo têm realizado resgates de indígenas desnutridos em decorrência do garimpo na região.
Vídeo do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) mostra agentes abordando um barco perto do território yanomami no rio Uraricoera, a cerca de 100 km de Boa Vista (RR). Oito homens são detidos.
Lideranças indígenas organizaram uma manifestação em frente ao Ministério da Saúde hoje para cobrar apoio à comunidade dos yanomanis, em Roraima, e outros povos do País, em especial aos aldeados da Bahia.
O secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba, disse, durante coletiva de imprensa realizada em Boa Vista (RR) hoje, que os DSEIs (Distrito Sanitário Especial Indígena), incluindo o yanomami, foram "aparelhados" por políticos do estado.
Vídeos mostram homens e mulheres em grupos deixando a região pela floresta ou rios, em barcos e canoas lotadas. A fuga acontece após o governo Lula (PT) bloquear o espaço aéreo da terra yanomami, inviabilizando a logística do garimpo.
Em apenas uma semana, o povo guajajara, no Maranhão, teve três indígenas assassinados e dois feridos em tentativas de assassinato. A situação nos territórios é de terror causado pela insegurança e elevada tensão no conflito com invasores.
Documentos obtidos pela Agência Brasil confirmam que, ao menos desde 2021, o governo federal sabia que índios yanomami estavam sofrendo com a falta de alimentos. Mesmo assim, deixou de atender a pedidos da Defesa Civil de Roraima que, à época, manifestou a intenção de colaborar na assistência às...
Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves afirmou que a comitiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania recebeu informações de que ao menos 30 meninas e adolescentes yanomamis estão grávidas de garimpeiros.
A Funai (Fundação Nacional dos Povos Originários) e Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) publicaram hoje uma portaria conjunta suspendendo a concessão de autorizações de acesso à Terra Indígena Yanomami enquanto durar a situação de emergência, decretada em 20 de janeiro.
A FAB (Força Aérea Brasileira) vai restringir nesta quarta-feira (1º), a partir de 0h, o tráfego aéreo sobre a terra indígena Yanomami. A medida, determinada em um decreto do presidente Lula, tem a função de impedir voos de apoio ao garimpo na região.
Segundo o órgão, o objetivo é analisar também como as ações e omissões de gestores e políticos podem ter contribuído para a situação atual das comunidades que vivem na Terra Indígena Yanomami.
O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse à coluna que o processo sobre demarcações de terras indígenas deveria ser julgado logo. A presidente da Corte, Rosa Weber, ainda não incluiu o assunto na pauta do semestre, mas deixou lacunas no calendário para eventualmente...
Um indígena foi encontrado morto na manhã de sábado, 28, na cidade de Amarante do Maranhão, que fica a cerca de 637 quilômetros da capital maranhense São Luís.
Um relatório produzido pela Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública no final de 2021 alertou que eram necessárias mais ações para combate ao garimpo na Terra Indígena Yanomami e citou que a atividade estava interligada a outros crimes.
Instalado na Terra Indígena Yanomami há mais de 30 anos, o garimpo ilegal se modernizou e enriqueceu ao longo do tempo. Investigadores afirmam que a atividade, antes precária e dependente do transporte pelos rios, conta hoje com altos investimentos e ocorre principalmente por via aérea.
A invasão de garimpeiros à Terra Indígena Yanomami mudou a vida e cultura dos indígenas, que passaram a conviver com doenças e problemas herdados do contato forçado dos criminosos com os povos.
Para o Ministério Público Federal, a crise humanitária dos yanomamis foi potencializada por um esquema que desviou recursos destinados à compra de medicamentos essenciais aos povos indígenas e desabasteceu as unidades de saúde no ano passado.
O STF (Supremo Tribunal Federal) vai apurar descumprimento de decisões judiciais e possível prestação de informações falsas à Justiça cometidas pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação a medidas adotadas para garantir a saúde e a proteção dos yanomamis.
As imagens do holocausto ianomâmi renovaram certa convicção de que os muitos crimes contra a humanidade aparentemente praticados pelo Estado nos últimos quatro anos justificariam a instalação de uma nova Comissão da Verdade no Brasil.
O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), atendeu a um pedido da AGU (Advocacia-Geral da União) e ampliou em mais 30 dias o prazo para que governo federal apresente um plano de proteção a indígenas isolados.