Não bastasse perder seu maior mestre (rest in power, Derivan), a mixologia brasileira ainda foi baqueada por mais um episódio triste na semana passada.
Para o jovem público que acompanhou a terceira temporada de "Emily em Paris", o drinque celebrado por Luc e "modernizado" pela protagonista pode não dizer muito ("Chamère" soa até como uma piadinha bem da sem graça). Para os bebedores mais experientes, sejam franceses ou não, no entanto, é uma...
Entra ano, sai ano, a gigantesca maioria das sugestões para os bebedores nas Festas é o vinho. E não que isso seja de todo mal, mas que tal mudar um pouco, trazer novos ares e copos para a noite de Natal?
Você, cervejeiro, sabe o que é a Bourbon County? Nunca viu, nem ouviu e só ouve falar? Justo. Apesar de ser celebrada entre quem está nesse universo há mais tempo — inclusive aqui neste Siga o Copo —, ela é, para muitos, um desejo ou aquele amor de inverno (já explico) que surge uma vez por ano.
Em uma noite do verão saárico paulistano, caiu a energia do bar. Larga misturador, bailarina, coqueteleira e corre para disjuntores. Voltam as charmosas lâmpadas que iluminam o balcão industrial e as mesinhas, o ar-condicionado - graças - e a ótima música de um dos bares de Luiz Felippe Mascella.
Quando você quer "beber a ásia", o que vem na sua cabeça? Para a enorme maioria o saquê japonês, para alguns uma cerveja (também japonesa), e até uísque. Adivinha? Sim, made in Japan.
Aos bebedores brasileiros, o saquê não é uma bebida exatamente nova. Porém, por mais que a colônia nipônica seja enorme por aqui e a culinária japonesa e suas corruptelas tenham se tornado bastante populares no Brasil, nós ainda não lemos nem a primeira página deste fermentado de muitas histórias.
Não se deixe enganar pela inicial timidez: Walter Bolinha é bom de papo. Há 25 anos à frente dos coquetéis do Baretto, o icônico bar do grupo Fasano, o paraibano de Areia começa a conversa escondendo o ouro - "não sei dar entrevista".
Assim como nos clichês, há de se acreditar no hype. Se algo está em tanta evidência, é porque tem valor por lá, acredite. Não é diferente quando se fala de bares e bebidas.
Tem dias que a gente se sente/Como quem partiu ou morreu/A gente estancou de repente/Ou foi o mundo então que cresceu/A gente quer ter voz ativa/No nosso destino mandar/Mas eis que chega a roda-viva/E carrega o destino pra lá
Há um mês, conheci um bar aqui em São Paulo que me deixou de cara logo na carta de autorais: repleto de drinques à base de cachaças. Prata, envelhecida, de jambu...eram 10 criações com um dos destilados que eu aprendi a amar na trajetória do jornalismo etílico.
Preparado para o verão de recordes de temperatura, leitor? Do que depender dos drinques, estaremos refrescados. E uma das maiores apostas deste e de outros verões vem em borbulhas.
O Brasil tem a maior comunidade japonesa fora do Japão, viu uma parte da culinária nipônica se popularizar nos anos 90 com as casas de sushi e temakerias e hoje tem explorado novos universos da comida e hospitalidade do Sol Nascente com o hype de izakayas (o chamado "boteco japonês") e os omakase...
Está nas bocas, nos copos, nas listas: a América Latina é "o lugar" para comer e beber em 2023. Se no Brasil e nos vizinhos, por muito tempo, a atenção se voltava ao que acontecia nos Estados Unidos e na Europa, hoje é nosso quintal que faz a gente pensar "por que o mundo todo ainda não conhece...
Atrás das cortinas, um balcão para se aventurar por ingredientes do Brasil ou um salão para tomar seu clássico favorito em paz, sem "palestrinha". Esse lugar existe e um mundo voltou a reconhecê-lo como um dos 100 melhores bares do mundo.
Quem viu "Meia Noite em Paris", de Woody Allen, terminou o filme pensando "para qual época e lugar do mundo eu me transportaria?". Aos que assistiram ao primeiro episódio do reality "Shaking The Bar", a nostalgia de um dos concorrentes foi rebatida com um "o melhor da coquetelaria é agora".
Entre idas e vindas da cerveja artesanal no Brasil (do boom das produções nos anos 2000, da multidão de sommelieres e mestres-cervejeiros que se criou desde então e mesmo nos tempos quietos da pandemia), uma coisa não muda: temos um nome no circuito mundial de cerveja.
Quem acompanha a coluna desde a época da prevalência cervejeira já sabe: estamos de olho e? nos empolgamos quando o tema é BBB (bom bar e bebida). Assim como naquele reality cervejeiro de tempos pré-pandêmicos, um outro promete dar pano pra manga aqui no Siga o Copo: "Shaking The Bar" estreia às...
Quando comecei nos pensares das bebidas, harmonização era uma prática cheia de regras, mistérios, "especialistas". No mundo dos vinhos a conversa se dava há tempos e parecia parada no tempo, na cerveja só se fala em hambúrguer e churrasco, nos destilados a conversa nem existia.