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Jorginho torce pelo Brasil em 2018, mas não se arrepende de defender Itália

Nascido no Brasil, meio-campista é otimista com a reformulação da Itália após ausência na Copa 2018 - Dave Thompson/AP Photo
Nascido no Brasil, meio-campista é otimista com a reformulação da Itália após ausência na Copa 2018 Imagem: Dave Thompson/AP Photo

Caio Carrieri

Colaboração para o UOL, em Manchester (Inglaterra)

23/03/2018 20h24

O meio-campista Jorginho não estará na Copa do Mundo de 2018. Nascido no Brasil, mas convocado pela seleção da Itália desde 2016, o jogador do Napoli acabou pagando o preço pela queda italiana nas eliminatórias europeias para o Mundial na Rússia.

Jorginho chegou a ser cotado por Edu Gaspar, coordenador de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para defender o Brasil. Ainda assim, não se arrepende de sua escolha.

“A escolha foi feita, não se pode voltar atrás. Mas eu tenho orgulho da escolha que eu fiz”, disse Jorginho nesta sexta-feira, após o amistoso Argentina 2 x 0 Itália em Manchester (Inglaterra). “Lógico que, quando a seleção brasileira quer te convocar, quer te chamar, você balança. Mas agora já foi. Acredito que, como eu cresci aqui, cresci na base aqui, toda minha história foi feita aqui, acredito que tenha sido a escolha justa”, completou.

Nascido na cidade de Imbituba (SC) em 20 de dezembro de 1991, o meio-campista chegou à Itália ainda na adolescência. Revelado pelas categorias de base do Verona, passou pelo Sambonifacese na temporada 2010/2011 da quarta divisão local, chegando ao Napoli em 2014.

Mesmo optando pela seleção italiana, Jorginho garante que “com certeza” torcerá pelo Brasil na Copa de 2018. “Eu nasci no Brasil, tenho toda minha família ali, meus amigos. Eu amo aquele país, como amo a Itália. Com certeza minha torcida – já que a Itália não vai estar – vai ser toda para eles”, prometeu.

A ausência no Mundial da Rússia deve provocar mudanças na seleção italiana a curto prazo – o técnico Gian Piero Ventura, por exemplo, deixou o cargo após as eliminatórias e deu lugar a Luigi di Biagio, treinador da seleção sub-21 que ocupa o posto interinamente. Para Jorginho, os nomes que vêm chegando à equipe têm papel importante na reformulação.

“Acredito que sim, e acredito que cada um de nós tem muito para dar a essa seleção. Os mais jovens ou até os menos jovens têm muito o que fazer ainda, tem muito o que trabalhar, mas vamos continuar assim”, disse o ítalo-brasileiro, satisfeito com o desempenho do jogo desta sexta-feira diante da Argentina, mesmo com a derrota.

“É sempre bom jogar com as seleções de um nível tão alto assim. Temos muito que aprender ainda, mas acho que a gente está no caminho certo. É uma seleção jovem, a gente fez só três treinamentos, então é bem complicado. Mas acredito que a gente está no caminho certo para crescer junto, para ter um futuro importante. A gente está trabalhando bastante”, afirmou.

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