Copa 2018

Copa 2018

Técnico que vai à Copa usou tênis ao contrário e se declarou para bola

Gómez classificou o Panamá pela primeira vez a uma Copa do Mundo imagem: Stu Forster/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

01/01/2018 04h00

Hernán Darío Gómez será lembrado para sempre no Panamá como o treinador que levou à seleção local pela primeira vez à Copa do Mundo, graças à vaga obtida para o Mundial da Rússia de 2018. Mas sua passagem pelo Panamá tem outros fatos marcantes e curiosos, como o dia em que usou tênis invertidos antes de uma partida das eliminatórias e sua declaração de amor à bola do jogo.

A intrigante história dos tênis invertidos aconteceu em setembro, um mês antes de o Panamá selar sua classificação histórica. A caminho do ônibus da delegação panamenha, jogadores e jornalistas flagraram Gómez calçando o tênis do pé direito no pé esquerdo e vice-versa.

Gómez com os tênis invertidos imagem: Reprodução

Alguns apontaram o estranho gesto como superstição, já que a partida contra o México era importante para o caminho rumo à Copa. Outros, mais ácidos em relação ao colombiano, disseram que ele não havia se dado conta do erro, achando que o desconforto era causado pelo modelo do tênis.

Gómez, no entanto, justificou que os pés trocados eram como um recado à parte da imprensa local que o criticava com frequência.

“Aqui a imprensa vê problema em tudo. Um jornalista perguntou por que iríamos ao Mundial se não faríamos nada de bom lá. Havia pessoas que não queriam que a seleção classificasse. Então, como eles veem tudo ao contrário, coloquei os tênis ao contrário também”, explicou ele ao “El País” da Colômbia.

Mas essa atitude do treinador, considerada no mínimo inusitada, não foi a única dele na trajetória para a Copa. Logo depois de o Panamá vencer a Costa Rica e assegurar sua vaga na Rússia, Gómez foi visto tendo uma longa “conversa” com a bola do jogo.

A conversa, de acordo com ele, foi quase uma declaração de amor. Afinal, Gómez diz ter o hábito de levar sempre uma bola para todos os lugares durante o período de concentração de seus times, de seu quarto aos restaurantes.

“Quando terminou o jogo, peguei a bola e lhe disse: ‘no fim das contas, você é a única que nunca falha comigo, não me abandona e também não conversa comigo, mas é quem me dá mais alegrias’”, revelou o treinador.

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