Campos ficarão expostos em Sochi, mas Brasil não teme drones e espiões
Confirmado como local da preparação da seleção brasileira para a Copa de 2018, o Swissôtel, em Sochi, tem uma particularidade: boa parte do espaço dos dois campos que serão utilizados nos treinamentos de Tite pode ser observada a partir de localidades públicas e de fácil acesso. Em um momento onde um drone utilizado pelo Grêmio para espionar o Lanús antes da final da Libertadores causou polêmica, isso poderia incomodar a delegação brasileira. Não é o caso.
O exemplo do drone gremista é, na verdade, um símbolo do que faz com que o Brasil não dê muita importância à questão. Para o coordenador de seleções Edu Gaspar, com a tecnologia atual, se adversários realmente quiserem filmar a seleção brasileira, acabarão conseguindo.]
“Se ficarmos pensando em colocar cobertura, que os caras vão filmar, a gente não pensa em mais nada. Não dá para perdermos tempo pensando ‘tem um cara lá filmando’. Hoje existem câmeras escondidas minúsculas, que você esconde e elas filmam até a alma dos caras”, disse Edu.
A falta de preocupação, entretanto, não significa que todas as atividades promovidas por Tite serão públicas, e a seleção deve sim realizar treinamentos fechados. Nesse cenário, a aposta é no respeito e em acordos com a imprensa e demais pessoas que estiverem em Sochi.
“Em termos de privacidade estamos muito tranquilos com o campo. Teve outras seleções que ficaram expostas, e o pessoal respeitou. Se existe uma boa relação, é um treino fechado, não vale a pena colocar uma câmera lá”.
O Brasil conhecerá seu grupo da Copa de 2018 nesta sexta-feira: o sorteio será às 13h, horário de Brasília. A seleção brasileira deve se apresentar no dia 21 de maio, e viajar para Sochi uma semana antes da estreia, que deve ocorrer dia 14 ou 15 de junho.