Copa 2018

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Ex-Palmeiras e estilo NBA: como Canarinho "pistola" virou xodó da seleção

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Caio Carrieri e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

12/11/2017 04h00

Na noite do último dia 23, Tite e Edu Gaspar participavam do programa “Bem, Amigos”, de Galvão Bueno, no Sportv. O papo corria normalmente, sem maiores momentos de destaque, Eis que um certo integrante da seleção brasileira entra no estúdio e rouba a cena. Mesmo de cara feia, atraia mais holofote que qualquer assunto ali debatido. Nas redes sociais, uma enxurrada de comentários. Consagrado nas ruas por onde o time passa e na internet, o mascote “Canarinho” ganhava a televisão e roubava a cena de do famoso âncora global. E sem nem precisar falar.

Com embaixadinhas e um jeito boleiro, brincava com os convidados, fazia a pose e levava para frente das câmeras um carisma que já havia conquistado até mesmo Neymar e Tite nos jogos da seleção.

A habilidade com os pés não ocorre por acaso. O profissional responsável por dar vida ao Canarinho é oriundo do “freestyle”, modalidade onde artistas e jogadores demonstram uma série de acrobacias com a bola.

A carreira do homem por trás do Canarinho começou de maneira inusitada. Funcionário de uma agência de marketing contratada pela CBF, o profissional, que tem sua identidade mantida em segredo, ajudava na montagem de placas publicitárias quando ganhou a chance de vestir a fantasia de mascote pela primeira vez e animar a torcida do Palmeiras. No Allianz Parque, ele deu graça ao “Periquito” chamou a atenção de Gilberto Ratto, diretor de marketing da CBF.

Convidado para iniciar o projeto do Canarinho, não pensou duas vezes. No início, a cara sorridente ainda não atraía tanta simpatia, por mais curioso que possa ser. Foi o jeito “pistola” que o levou ao sucesso.

Canarinho fez "alô, mãe" em vídeo de G. Jesus imagem: reprodução/Instagram

A inspiração para o semblante fechado e uma maior interação com o público veio da NBA, especialmente do mascote “Benny”, do Chicago Bulls, famoso por suas tiradas com a plateia. Canarinho ainda não mexe com o público, mas a intenção é deixa-lo cada vez mais próximo disso, fugindo ao mesmo tempo do estereótipo “fofo.

“O Canarinho é guerreiro, invocado, gosta de briga, não aceita perder. Ao mesmo tempo, ama as crianças e o público”, explica a CBF.

Ao participar do programa de Galvão, o bicho refletia a rotina de um mascote que quebrou o protocolo para fazer parte da seleção. Com o sucesso das redes sociais, o Canarinho “pistola” – termo viralizado na internet por sua cara invocada – ganhou atenção especial da CBF. Como um jogador, ele aquece, participa de atividades, “se apresenta” junto ao grupo na concentração e vai a todas as partidas.

Garantindo na Rússia

imagem: Lucas Figueiredo/CBF

“Convocado” para os amistosos na França e na Inglaterra nesta semana, o mascote tirou onda. Em Paris, fez embaixadinha na Torre Eiffel e atraiu a atenção de milhares de curiosos. Em Londres, foto com cara de mau com a famosa roda gigante “Big Eye” ao fundo e um passeio pelas ruas. No Instagram da CBF, Canarinho aparece mais até que Neymar. E a presença se justifica, visto a intensidade das interações.

O bicho, no entanto, tem uma vantagem sobre os atletas neste período de amistosos para definições de grupo: já está garantido na Copa do Mundo. Após participar até de treinos e interagir com craques como Philippe Coutinho e Neymar, o carisma conquistou até Tite, que pediu aos responsáveis da CBF que levassem o Canarinho “pistola” para a Rússia.

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