06/07/2010 - 18h57

Após derrota, técnico exalta empenho do Uruguai e quer seguir no cargo

Mauricio Stycer
Na Cidade do Cabo (África do Sul)
  • Tabárez explicou que a substituição de Forlán (d) durante a derrota aconteceu por causa de contusão

    Tabárez explicou que a substituição de Forlán (d) durante a derrota aconteceu por causa de contusão

Depois de conseguir igualar a melhor campanha do Uruguai em Copas nos últimos 40 anos, o treinador Oscar Tabárez elogiou o desempenho dos jogadores da sua equipe na derrota para a Holanda por 3 a 2 pelas semifinais do Mundial da África do Sul. Somado a isso, o comandante deu a atender que pretende seguir no cargo ao término da competição.

“Em algum momento do jogo, criamos dificuldades. O Uruguai é uma tradição do mundo, tenho muito orgulho desses jogadores. Eles lutaram e conseguiram chegar ao empate [1x1 no primeiro tempo] sem desistirem em nenhum momento. Não poderíamos pedir mais para esses jogadores nem para o Uruguai", comentou Tabárez. "Se eu pudesse escolher uma maneira de perder, essa seria a melhor. Nunca desistimos."

Apesar de o Uruguai ter ficado fora da decisão, o comandante da equipe sul-americana disse acreditar que há motivação no grupo, uma vez que a equipe ainda pode conquistar a terceira colocação. A disputa pelo terceiro posto no torneio acontece no próximo sábado contra Alemanha ou Espanha, que decidem a segunda vaga na decisão nesta quarta-feira.

"É preciso enterrar esse jogo e estar pronto para o próximo. Ainda temos algo a conquistar. Precisamos passar uma imagem como a de hoje. Claro que a motivação é diferente, mas é uma oportunidade a mais para o Uruguai mostrar a que veio e jogar de igual para igual, superando as limitações que possamos ter. O jogo de sábado é importante para mim neste sentido", analisou.

Para Tabárez, os jogadores uruguaios não podem lamentar a derrota e disse que está satisfeito com o desempenho da Celeste Olímpica no confronto realizado na Cidade do Cabo. "Não é o momento de procurar desculpas para a eliminação. Nós tentamos e não conseguimos, mas estou muito contente com o que meus garotos fizeram. Jogamos contra um time que disputará a final da Copa do Mundo e criamos dificuldades em alguns momentos. Não é o momento de chorar", comentou.

Ao ser questionado se o Uruguai surpreendeu ao dificultar a classificação da Holanda, Tábarez elogiou a forma como o seu time pressionou os europeus em seu campo de defesa. “Saímos jogando de igual para igual. Mostramos que defender bem não significa colocar o time atrás. Chegamos a dominar o jogo, quando houve espaço, mas os jogadores holandeses mostraram que são muito bons.”

O treinador ainda explicou a substituição do atacante Diego Forlán no segundo tempo, quando a Holanda vencia por 3 a 1. “Desde o primeiro minuto do jogo, eles [holandeses] estavam com problema com o Forlán, não seria tonto de tirá-lo sem motivo, mas ele não podia mais se sacrificar", disse o treinador ao se referir sobre uma contusão do artilheiro.

Por fim, Tabárez não confirmou se seguirá à frente da seleção uruguaia após a Copa, mas disse que pretende seguir no cargo. "Não posso responder, primeiramente porque não depende de mim. Não posso me candidatar para continuar. Tudo vai depender se existir uma proposta. A partir daí, poderei estudá-la. O que esta comissão técnica fez em quatro anos esta aí, para todo mundo analisar”, discursou. “Mas não seria capaz de dizer não a uma proposta do futebol uruguaio", acrescentou o treinador, que já havia dirigido a equipe nacional no Mundial da Itália, em 1990.

Ainda na briga pela terceira colocação, o Uruguai contará com a volta do atacante Luis Suárez, que cumpriu suspensão por ter sido expulso no jogo contra Gana. O zagueiro Lugano segue se recuperando de uma lesão no joelho e ainda é dúvida.

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