Ricardo Teixeira procura substituto de Dunga no comando da seleção brasileira |
Três dias depois da eliminação da seleção na Copa do Mundo da África do Sul, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, falou pela primeira vez sobre o futuro do time nacional, que agora começa a se preparar para a Copa de 2014. A principal indicação dada pelo mandatário que é o novo time nacional terá uma ampla renovação, principalmente com jovens jogadores.
... abrir espaço para jovens: “Não tem outro trabalho a ser feito que não seja o de renovação. [...] Alemanha tem nove jogadores de até 23 anos, Gana tem 11, Argentina de sete e a Espanha seis. Nós tivemos apenas um dessa idade na Copa.” |
... ter experiência para segurar pressão: “Vamos ter a paciência que será necessária nesse momento [de renovação] .Não podemos contratar um técnico que fique preocupado em ganhar o próximo jogo, achando que o cargo está em risco.” |
... ser exclusivo da seleção brasileira: “Ele não poderá dividir a seleção com um clube. Terá de trabalhar apenas com a seleção brasileira.” |
... agregar time principal com os de base: “Teremos de fazer uma reestruturação no departamento de seleções, com uma grande vinculação entre os times sub-17, sub-20, sub-23 e principal.” |
- Palavras do presidente da CBF, Ricardo Teixeira |
“Não tem outro trabalho a ser feito que não seja o de renovação, principalmente por conta da sequência de torneios importantes que vamos ter”, disse o cartola, em entrevista ao canal Sportv, aproveitando ainda para cutucar o agora ex-técnico Dunga. “Nessa Copa, a Alemanha tem nove jogadores de até 23 anos, Gana tem 11, Argentina sete e a Espanha seis. Nós tivemos apenas um [o volante Ramires].”
“Na nossa preparação para 2014, haverá uma série de grandes campeonatos e isso envolverá sacrifícios”, completou Teixeira, lembrando a seqüência de seis anos de torneios: 2011, pré-olímpico e Copa América na Argentina; 2012, Jogos Olímpicos em Londres; 2013, Copa das Confederações em casa; 2014, Mundial no Brasil; 2015, Copa América também em casa; e, finalizando, as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro.
Dentro desse projeto de renovação, o presidente da CBF adiantou que o novo técnico da seleção brasileira terá de ser experiente para suportar as pressões de possíveis derrotas no meio do caminho. “Vamos ter a paciência que será necessária nesse momento [de renovação]. Não é só o técnico que terá de estar preparado para isso, mas também eu, como presidente, os jornalistas, e até mesmo os torcedores brasileiros.”
“O importante é, desta vez, combinar efetivamente o processo de renovação que vai ser feito. Não podemos contratar um técnico que fique preocupado em ganhar dos EUA, no próximo jogo, que pense que seu cargo está em perigo a cada partida. Ou nós formamos uma seleção nova ou nós formamos uma seleção nova. Não há outra opção”, completou.
Ricardo Teixeira ainda explicou que o novo treinador terá de ser exclusivo desde o começo - não poderá dividir a função com algum clube, por exemplo - e também ficará à frente do time sub-23 que disputará o pré-olímpico e as Olimpíadas de 2012. “Teremos de fazer uma reestruturação no departamento de seleções, com uma grande vinculação entre os times sub-17, sub-20, sub-23 e principal.”
Para ilustrar o trabalho de Dunga nos últimos quatro anos, Teixeira fez comparações com um longo percurso de avião sobre o oceano. “Em uma viagem de avião, quando você está sobre o Atlântico, você tem que ir até o fim. Não tem como retornar. E não pode tomar o manche do piloto."
Sobre o rigoroso isolamento imposto pelo treinador, o presidente da CBF se limitou a dizer que “o meio do caminho é o ideal.”
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