Se o ataque não é o forte, até agora, da Copa do Mundo da África do Sul, Holanda e Uruguai, seus primeiros semifinalistas, se destacam justamente por evitar que a bola balance as redes. As duas seleções, que definem na próxima terça-feira quem vai para a decisão, estão perto de igualar recordes defensivos de suas maiores conquistas no futebol.
PRIMEIRA VEZ Dono do meio-campo da Holanda, o meia Sneijder marcou, contra o Brasil, o 1º gol de cabeça da carreira. E foi eleito o melhor do jogo.
PREVISÃO CERTA Auxiliar de Bert Van Marwijk , Frank de Boer foi quem deu o caminho para a vitória holandesa: explorar o lado de Michel Bastos.
DEFESA DO ANO Suárez é o principal personagem do Uruguai no caminho até as semifinais: fez dois gols contra a Coréia do Sul e fez a "defesa" que salvou o Uruguai contra Gana: "a defesa da Copa".
CAVADINHA DO LOCO O gol que colocou o Uruguai na semi foi marcado pelo botafoguense ‘El Loco’ Abreu em seu melhor estilo: a cavadinha, como fez na decisão da Taça Rio, em abril.
A força para evitar gols, aliás, é uma marca do torneio. Até agora, foram marcados 128 gols em 58 partidas na África do Sul. A média de 2,21 por partida é a pior da história. O desempenho é exatamente o mesmo do Mundial da Itália, em 1990, conhecido como a Copa de pior nível técnico da história.
Até agora, a Holanda sofreu apenas três gols na competição, nas partidas contra Camarões, Eslováquia e Brasil. O desempenho já igual à maior conquista da história do futebol laranja, a Eurocopa de 1988.
Naquela competição, a equipe liderada por Van Basten e Gullitt, e treinada por Rinus Michels, foi campeã levando gols de União Soviética e Inglaterra, na 1ª fase, e Alemanha Ocidental, na semifinal. A campanha teve 5 jogos, o mesmo número de partidas que o time de Bert Van Marwijk em 2010 até agora.
Em Copas do Mundo, as melhores campanhas holandesas foram em 1974 e 1978, com dois vice-campeonatos. No segundo, o desempenho defensivo nem foi tão bom assim, com 10 gols sofridos em sete partidas.
No primeiro Mundial, no entanto, a defesa foi quase perfeita. O time de Johan Cruyff só foi superado na final, pela Alemanha Ocidental. Em cinco partidas, tinha sofrido apenas dois gols. Em todo o torneio, foram três gols sofridos, o mesmo que a Holanda atual, a dois jogos da decisão.
No lado sul-americano da semifinal, a campanha também é histórica na parte defensiva. Lugano & Cia. levaram apenas 2 gols em cinco jogos na competição. Em campanhas de sucesso, os uruguaios nunca passaram tantas partidas levando tão poucos gols.
Em 1970, na última vez em que o time chegou às semifinais, levou só um gol até a semifinal – naquela partida, foi superado por 3 a 1 pelo Brasil. Aquele Mundial, no entanto, não teve oitavas de final. Logo, no mesmo número de partidas que a equipe Oscar Tabarez, o Uruguai de 70 foi vazado quatro vezes.
Nos títulos Mundiais de 1930 e 1950, a defesa também não foi tão sólida. Em 1930, foram 3 gols em uma campanha de quatro jogos. Em 1950, foi ainda pior: 5 gols nas mesmas quatro partidas.
A campanha que o Uruguai-2010 igualou também é antiga. No primeiro título de proporções mundiais da Celeste, nas Olimpíadas de 1924, em Paris, a equipe comanda por Enersto Figoli conquistou a medalha de ouro sofrendo só 2 gols em cinco jogos, o mesmo desempenho deste ano. No segundo título olímpico, em Amsterdã-1928, foram 6 gols em cinco jogos.
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