Müller tenta passar pelos zagueiros Burdisso e Demichelis; dupla argentina sofreu |
O primeiro grande teste da defesa argentina, considerada o ponto fraco do time na Copa do Mundo, apresentou um resultado decepcionante. O setor defensivo da albiceleste sofreu com as investidas dos rivais Schweinsteiger, Ozil, Klose, Podolski e Müller. Eles levaram vantagem durante os 90 minutos e construíram um placar incontestável de 4 a 0, que eliminou a seleção de Diego Maradona nas quartas de final do Mundial.
Sobrecarregado pelo esquema montado pelo treinador, Javier Mascherano teve pouco auxílio na missão de marcar os homens de frente da Alemanha. O capitão correu atrás dos adversários durante toda a partida e foi o homem que mais fez faltas no jogo – seis infrações. Sem outro volante com características defensivas ao seu lado, falhou ao tentar segurar o ímpeto alemão e não evitou o ‘baile’.
Na zaga, Otamendi terminou a partida com apenas sete desarmes. Desempenho fraco até mesmo quando comparado aos números dos seus companheiros de setor: Demichelis (22), Burdisso (20) e Heinze (17). Mascherano bateu, mas também conseguiu roubar bolas: 18 no total. O desempenho dos cinco atletas foi pouco diante da velocidade e capacidade de criação dos atacantes rivais.
“Tínhamos tudo estudado sobre a Alemanha, todas as marcas definidas. Mas no primeiro cruzamento eles nos fazem o gol. Então, começou outra partida. Facilitamos para a Alemanha na posse de bola, e eles tinham a vantagem para fazer coisas que ainda não tinham tentado neste Mundial”, analisou Maradona, na tentativa de defender o seu sistema defensivo.
Schweinsteiger foi o jogador mais acionado da partida e não decepcionou. O meia recebeu 44 bolas, conseguiu cinco finalizações e foi responsável por uma linda assistência para o gol de Friedrich. Klose deu um show de eficiência ao aproveitar os espaços da zaga argentina e marcar duas vezes em três oportunidades.
Responsável por montar o esquema que acabou com o sistema defensivo da Argentina, Joachim Löw não escondeu os problemas do time de Maradona. O técnico ressalta que a albiceleste tem dois setores, ataque e defesa, que não se comunicam bem. “Os quatro ou cinco da defesa não agridem, e os quatro ou cinco do ataque não gostam de voltar para marcar”, criticou.
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