Terre'Blanche foi estopim da crise racial sul-africana
Não satisfeito com as tensões que já acometem naturalmente a África do Sul às vésperas de um evento importante como a Copa, um grupo direitista sueco resolveu protestar, nesta sexta, contra o que chamou de “genocídio branco”. Em uma passeata que teve a embaixada do país-sede do Mundial em Estocolmo como destino, cerca de 50 pessoas levantaram vozes contra uma suposta perseguição racial.
“Desde 1994 [ano que marcou o fim do apartheid na África do Sul], mais de 3 mil fazendeiros foram mortos na ‘nação do arco-íris’. A violência é destinada a brancos, em geral, por causa de sua raça. Assassinatos brutais e estupros cresceram 25% desde 2005 e assaltos são mais regra que exceção”, disse o grupo Movimento de Resistência Sueco, conhecido pelas influências neo-nazistas, em um comunicado oficial.
Nos últimos meses, a tensão racial na África do Sul se acirrou por conta do assassinato de Eugene Terre’Blanche. Líder de um movimento de direita que apoiava o apartheid, o fazendeiro teria sido morto por dois negros que eram seus empregados.
O incidente gerou protestos de brancos, e o jornal Tribune chegou a denunciar uma ameaça de sabotagem à Copa do Mundo por parte do grupo “The Suidlanders”, que também defende a supremacia branca.
“Este é o país que vai receber a Copa do Mundo em menos de dois meses. Os governos de todo o mundo, incluindo o sueco, estão apoiando este regime terrorista. Neste verão, você vai assistir ao futebol no país em que um governo está incitando o genocídio de brancos? Você vai ignorar o número de assassinatos contra a sua raça?”, completa o manifesto do grupo sueco.
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