Fifa afirma que houve redução de lesões na Copa, e nega falta de cartões
Fernando Duarte e Rodrigo Mattos
Do UOL, no Rio de Janeiro
A Fifa afirmou que houve uma redução no número de contusões na Copa e, com isso, defendeu o critério de sanções com cartões amarelos no jogo. Há uma crítica geral pela falta de punições por jogadas violentas, entre elas, a entrada de Zuñiga em Neymar que o tirou do Mundial.
No levantamento da federação internacional, houve 95 lesões, com 1,6 em média de jogos. No total, foram sete severas. Segundo a entidade, houve uma redução de 40% nas contusões.
"Em alguns jogos, sentimos falta de alguns cartões. Mas não por causa das instrução. Foi por causa de diferença entre uma cultura e outra", afirmou o chefe de árbitro, Massimo Busacca, negando instrução para reduzir cartões amarelos. "Não pode dar cartão o tempo inteiro. Precisamos de fair play dos jogadores. Por isso, temos tanta diferença no jogo em tempo jogado. Quando tem 52 faltas, os jogadores decidirem não jogar."
A partida entre Braisl e Colômbia foi a mais truncada do Mundial, com 39min de bola rolando apenas. Isso porque houve 54 faltas. A alegação de Busacca é de que a responsabilidade por isso é dos atletas que estavam em campo.
O chefe de árbitros ainda chegou a dizer que, na opinião dele, não houve entradas muito duras que tenham assustado as pessoas. "Tivemos redução de contusão. Não tivemos uma grande falta, de você fica assustado. Essa foi a mensagem: o futebol ganhou."
Os juízes ignoraram diversas faltas bem graves nos jogos, como a entrada de Zuñiga em Neymar e Hulk, a cotovelada de Sakho em um equatoriano, e a mordida de Luis Suárez no italiano Chiellini. De novo, ele reiterou que pode ter faltado um cartão amarelo em algum jogo, mas não em geral.