Dilma adere a "fair play" e diz que não torcerá por Argentina ou Alemanha
Da EFE, em Brasília
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Fernando Bizerra Jr./Efe
A presidente Dilma Rousseff recebeu a chanceler alemã Angela Merkel em Brasília em junho
A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que, como chefe de Estado do país anfitrião da Copa do Mundo, se vê obrigada a manter o "fair play" e, por isso, não torcerá pela Argentina ou pela Alemanha na final do torneio, no domingo.
"Tenho que ser absolutamente neutra", explicou Dilma em um encontro com correspondentes estrangeiros, entre eles da Agência Efe, realizado no Palácio da Alvorada, em Brasília.
Embora tenha sido questionada sobre a preferência na decisão explícita ou implicitamente, a presidente não deu o braço a torcer e não deu nenhuma pista.
Ciente de que a rivalidade histórica entre Brasil e Argentina levará muitos brasileiros a optar pela Alemanha, apesar de esta ter eliminado a seleção brasileira com um vexatório 7 a 1 nas semifinais, Dilma disse que, se no próximo domingo tiver que entregar a taça a Lionel Messi, seus compatriotas a entenderão.
"Os brasileiros são muito maduros e sabem que temos a mesma obrigação com todas as equipes", declarou a presidente, que assistirá à partida, no Maracanã, junto com a chanceler alemã Angela Merkel e outros dez chefes de Estado.
Dilma afirmou que a presidente argentina, Cristina Kirchner, lhe escreveu uma carta na qual disse que não poderá assistir à final por estar com uma faringolaringite aguda.
Quem também participou do encontro com a imprensa hoje foi o assessor da presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, que não foi tão diplomático quanto Dilma. "Eu sim vou torcer pela Argentina", declarou, sem rodeios.