Tabloide inglês sai em defesa de David Luiz: "A culpa precisa ser dividida"

Do UOL, em São Paulo

David Luiz assumiu o papel de protagonista da seleção brasileira durante a Copa do Mundo. O zagueiro, que até 2013 não era muito conhecido pela torcida brasileira, se tornou um dos principais nomes da seleção de Felipão na conquista da Copa das Confederações, ao salvar uma bola em cima da linha na final contra a Espanha, e cresceu de importância no caminho ao Mundial.

Na Copa do Mundo no Brasil, o zagueiro de R$ 185 milhões, que deixou o inglês Chelsea rumo ao poderoso PSG, foi um dos jogadores mais carismáticos, ganhando a simpatia dos fãs. Na semifinal, contra a Alemanha, foi ainda mais importante. Carregou a braçadeira de capitão na ausência de Thiago Silva, suspenso, e também a responsabilidade por não contar com o camisa 10 Neymar, lesionado.

O zagueiro viu o sonho do hexa acabar depois da impiedosa goleada por 7 a 1 no Mineirão. Deixou o gramado aos prantos, pedindo desculpas para a torcida brasileira. "Eu só queria poder dar uma alegria ao meu povo. Para minha gente que sofre tanto com tantas coisas. Não conseguimos, infelizmente". David foi um dos mais criticados pelo desempenho dentro de campo, mas foi defendido pelo tabloide inglês The Mirror.

O jornalista Ben Burrows destacou que nas quartas de final, contra a Colômbia, o zagueiro foi visto como herói depois de marcar um gol de falta. Quatro dias depois, já era o vilão da história. "Futebol é o mais inconstante das amantes. Mastiga e cospe em questão de segundos  ou minutos. Mas, ungir um novo rei para depois destroná-lo em poucos dias é um pouco de exagero", disse.

Burrows afirma que David não esteve em um bom dia contra a Alemanha, mas lembrou que nenhum jogador brasileiro atuou bem. "Havia pelo menos mais 10 razões no Mineirão, que deve ter a parcela de culpa dividida. Mas claro, foi confiada à David a carga de responsabilidade pela ausência de Neymar", comentou.

Para o jornalista, o zagueiro, que foi definido como "irritantemente talentoso e igualmente irritantemente falho", não pode carregar sozinho o peso pelo dia "mais triste de sua relativamente curta carreira".

"Uma nação inteira foi humilhada em Belo Horizonte. Nenhum homem deve carregar este fardo", finalizou.

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